406. Deixa a menina
- Alguma notícia?
Foi o que passou no celular às 6 horas da manhã. A ressaca era brava. A garota era insaciável. Me matou a bebida e a buceta.
Sim claro, era tudo bom, tirando o fato que era uma terça-feira e tinha trabalho duro no outro dia. E só de pensar que teria jogo do Corinthians, e mais cachaça... Previa uma quarta-feira de merda.
E como de praxe, despertei atrasado.
E aí você já está na rua e não vê uma alma fumante para pedir o acendedor, tampouco algum estabelecimento que o venda. A vida se torna caótica essas horas, e apesar dos atrasos e de todos seus luxos (café, fumar, cagar e banho), você dá meia volta, e como um louco pseudo bom vivant volta pra sua casa.
Esse lance de dar meia volta, apesar de soar normal, na minha cabeça sempre parece totalmente demente. Ora, imagine todas pessoas dando meia volta e mudando seus caminhos a todo o tempo como cachorros depravados, sem rumo nem direção. Chévere! Mas voltei. Como um vira-lata bem lavado. As pessoas olhando nos seus olhos, como se todos percebessem a merda que você fez.
Chave. Abre a porta 1 . Escadas. Abre a porta 2. Mais escadas e a porta 3. Cachorros poucos interessados se você esqueceu seu isqueiro. Rumo ao quarto. Silêncio. Há uma mulher dormindo no seu quarto, e você abre a porta com a delicadeza de monge...
Pausa.
Há poucas coisas nesse mundo mais prazerosas que uma mulher gozando. O gozo feminino é uma coisa que beira o místico. É algo que poucos caras alcançaram - e mesmo aqueles que afirmaram com pés juntos que o fizera - não creio. E não é um julgamento. De longe. Há um abismo fodido entre o orgasmo masculino e o feminino. Talvez como na vida. A vida é mais simples para os homens - sempre donos da razão, salários maiores, ejaculam como quiserem, mandam nessa merda toda que não deu certo. Pensam que mandam nessa merda toda que não deu certo. As mulheres são heroínas. Aguentam todo esse caralho e - em tese - se dão por satisfeitas. Nunca entendi isso. Se eu fosse mulher, e perdão pelo vocábulo, seria lésbica. Mas perdão pelo vacilo, não sei como é ser mulher, e não é a homossexualidade que vai me ensinar isso.
Posto essa filosofia ébria de merda tive uma surpresa generosa.
Adentrando no meu quarto vi uma morena maravilhosa com meu livro em mãos. Um livro besta, que inspirado em algumas odisseias regadas a álcool e drogas, e que não entendo até hoje sua lógica, trata de uma vida promiscua. Na verdade é algo que chamo de livro e que não tive coragem de mostrar pra ninguém pela escrita danosa e desrespeitosa com a minha própria humanidade.
O fato é que ela estava se tocando loucamente lendo aquela merda que nem eu quisera que fosse publicada. Era uma cobra gigante na minha cama, com seus anéis revezando suas ondas, como fosse a “Ola" de um estádio. Uma montanha russa de cabeça, peitos, buceta, pernas e pés. Era um tesão sem igual. Foda-se o isqueiro, foda-se o trabalho.
Meu pau comandou todos os nervos que geravam cognição na minha mente. Era uma cobra-montanha-russa lendo aqueles escritos que fiz despretensiosamente.
*
Sim. Minhas palavras, a estrutura daquele texto, a escolha de cada verbo minuciosamente decidido davam mais tesão que qualquer membro do meu corpo naquela garota. Ela realmente vibrava, exprimia gemidos e suor. SUOR! Havia mais suor ali que meu esforço na noite anterior.
"Eu sou um merda e transo melhor no papel que na carne. A vida real é uma merda, e a fantasia é um tesão", pensei, pouco me fodendo com qualquer orgulho próprio. Apesar da latejação do meu órgão mais sensível, em nenhum momento me passou pela cabeça atrapalhar aquilo. Era lindo.
Há uma história que a Vicunha morre de susto se tentam roubar seu pelo ou couro para fazer roupa. DE SUSTO! É triste. Não iria arriscar.
E não esperei ela acabar. Sai antes. Há belezas naturais que devemos deixar rolar. Já fodi tanto (involuntariamente) gozando ao meu próprio desejo. Deixa a garota se divertir do jeito dela. Talvez a noite anterior tenha sido uma merda. Quem sabe. Não entendo esse tabu em não ter feedback - "não gozei". Até isso é mais simples para os homens. Ou não:
- Garotas, dêem um feedback! Foda-se o orgulho masculino.
Sim, deve ser perigoso, tem babacas que não entendem o fato de não dar conta da complexidade feminina.
Tanto faz. Busquei meu isqueiro e voltei. Não adiantaria nada eu chegar com minha piroca explosiva ali. Ela estava lendo uma ficção. Uma ficção baseada numa noite anterior. E tudo isso agora será provavelmente uma nova ficção...
Espero que ela tenha gozado "comigo".
Foi o que passou no celular às 6 horas da manhã. A ressaca era brava. A garota era insaciável. Me matou a bebida e a buceta.
Sim claro, era tudo bom, tirando o fato que era uma terça-feira e tinha trabalho duro no outro dia. E só de pensar que teria jogo do Corinthians, e mais cachaça... Previa uma quarta-feira de merda.
E como de praxe, despertei atrasado.
- despertador.
- susto.
- afastar braço do meu corpo.
- café.
- cigarro.
- cagada tobogã.
- banho, escovar dentes e higiene geral.
- roupas adequadas.
- gadgests: celular, ipod, carteira, chaves, cigarro...
E aí você já está na rua e não vê uma alma fumante para pedir o acendedor, tampouco algum estabelecimento que o venda. A vida se torna caótica essas horas, e apesar dos atrasos e de todos seus luxos (café, fumar, cagar e banho), você dá meia volta, e como um louco pseudo bom vivant volta pra sua casa.
Esse lance de dar meia volta, apesar de soar normal, na minha cabeça sempre parece totalmente demente. Ora, imagine todas pessoas dando meia volta e mudando seus caminhos a todo o tempo como cachorros depravados, sem rumo nem direção. Chévere! Mas voltei. Como um vira-lata bem lavado. As pessoas olhando nos seus olhos, como se todos percebessem a merda que você fez.
Chave. Abre a porta 1 . Escadas. Abre a porta 2. Mais escadas e a porta 3. Cachorros poucos interessados se você esqueceu seu isqueiro. Rumo ao quarto. Silêncio. Há uma mulher dormindo no seu quarto, e você abre a porta com a delicadeza de monge...
Pausa.
Há poucas coisas nesse mundo mais prazerosas que uma mulher gozando. O gozo feminino é uma coisa que beira o místico. É algo que poucos caras alcançaram - e mesmo aqueles que afirmaram com pés juntos que o fizera - não creio. E não é um julgamento. De longe. Há um abismo fodido entre o orgasmo masculino e o feminino. Talvez como na vida. A vida é mais simples para os homens - sempre donos da razão, salários maiores, ejaculam como quiserem, mandam nessa merda toda que não deu certo. Pensam que mandam nessa merda toda que não deu certo. As mulheres são heroínas. Aguentam todo esse caralho e - em tese - se dão por satisfeitas. Nunca entendi isso. Se eu fosse mulher, e perdão pelo vocábulo, seria lésbica. Mas perdão pelo vacilo, não sei como é ser mulher, e não é a homossexualidade que vai me ensinar isso.
Posto essa filosofia ébria de merda tive uma surpresa generosa.
Adentrando no meu quarto vi uma morena maravilhosa com meu livro em mãos. Um livro besta, que inspirado em algumas odisseias regadas a álcool e drogas, e que não entendo até hoje sua lógica, trata de uma vida promiscua. Na verdade é algo que chamo de livro e que não tive coragem de mostrar pra ninguém pela escrita danosa e desrespeitosa com a minha própria humanidade.
O fato é que ela estava se tocando loucamente lendo aquela merda que nem eu quisera que fosse publicada. Era uma cobra gigante na minha cama, com seus anéis revezando suas ondas, como fosse a “Ola" de um estádio. Uma montanha russa de cabeça, peitos, buceta, pernas e pés. Era um tesão sem igual. Foda-se o isqueiro, foda-se o trabalho.
Meu pau comandou todos os nervos que geravam cognição na minha mente. Era uma cobra-montanha-russa lendo aqueles escritos que fiz despretensiosamente.
*
Sim. Minhas palavras, a estrutura daquele texto, a escolha de cada verbo minuciosamente decidido davam mais tesão que qualquer membro do meu corpo naquela garota. Ela realmente vibrava, exprimia gemidos e suor. SUOR! Havia mais suor ali que meu esforço na noite anterior.
"Eu sou um merda e transo melhor no papel que na carne. A vida real é uma merda, e a fantasia é um tesão", pensei, pouco me fodendo com qualquer orgulho próprio. Apesar da latejação do meu órgão mais sensível, em nenhum momento me passou pela cabeça atrapalhar aquilo. Era lindo.
Há uma história que a Vicunha morre de susto se tentam roubar seu pelo ou couro para fazer roupa. DE SUSTO! É triste. Não iria arriscar.
E não esperei ela acabar. Sai antes. Há belezas naturais que devemos deixar rolar. Já fodi tanto (involuntariamente) gozando ao meu próprio desejo. Deixa a garota se divertir do jeito dela. Talvez a noite anterior tenha sido uma merda. Quem sabe. Não entendo esse tabu em não ter feedback - "não gozei". Até isso é mais simples para os homens. Ou não:
- Garotas, dêem um feedback! Foda-se o orgulho masculino.
Sim, deve ser perigoso, tem babacas que não entendem o fato de não dar conta da complexidade feminina.
Tanto faz. Busquei meu isqueiro e voltei. Não adiantaria nada eu chegar com minha piroca explosiva ali. Ela estava lendo uma ficção. Uma ficção baseada numa noite anterior. E tudo isso agora será provavelmente uma nova ficção...
Espero que ela tenha gozado "comigo".