Dec 21, 2005 01:04
Não gosto do Natal. Não gosto de politica. Estou portanto a viver um ambiente à minha volta muito agradável.
A campanha deste ano está melhor que nunca. Parece a noite dos mortos-vivos. Foram buscar o exército todo das múmias e agora andam por aí à solta. Este ano os debates também estão interessantes, não me lembro de isto ser assim antes. Agora é tipo campeonato, jogam todos contra todos. No fim deve ganhar o que somar mais pontos nos debates.
Hoje fui cortar o cabelo, perdi 800 gramas. Ir ao barbeiro são sempre 20 minutos muito propícios para recolher material humorístico, mas infelizmente não dá para apontar. Onde eu vou é com marcação. Desta vez, o homem conseguiu perceber o meu nome à primeira quando fui marcar, e vou lá há quase 15 anos. E nestes 15 anos, no final do corte, o homem pergunta sempre ao cliente se quer que ponha laca. Nunca soube de ninguém que tenha dito que sim. Palpita-me que a embalagem ainda é mesma desde que a barbearia abriu. O cliente que chegou para a marcação após a minha entrou com o cumprimento usual de um bom português: “Bom dia! Está fresquinho.”
Outra coisa que eu não percebo nos barbeiros, e estico isso às cabeleireiras, é o facto de quererem sempre cortar cabelo a mais. Nunca soube de ninguém que tenha ficado chateado por lhe terem cortado cabelo a menos, e o contrário são aos montes. É uma falta de visão de negócio terrível. Menos cabelo, mais tempo até lá voltarem. Tão simples como 1+1=3.
Finalmente, fica aqui o aviso da protecção civil, e que todos devem ter em atenção.
As pessoas devem fechar as janelas das suas casas de dia e de noite. Para além do frio que se faz sentir, o gang dos pais natais anda por aí a assaltar casas como se não houvesse amanhã. Parece que a crise também chegou à Lapónia. Os brinquedos vão passar a ser fabricados na auto-europa.