Mar 05, 2007 21:07
Reler todos os posts do seu livejournal traz engraçadamente uma outra percepção de sí mesma.
Eu voltei a falar com as meninas da tarde. Ou melhor, nos poucos segundos que nos vemos no colégio nos tratamos normalmente, mas estes não são muitos segundos anyway e a impressão que eu tenho é que num futuro relativamente próximo essa falta de contato pode vir a nos dessincronizar e afastar solidamente.
De manhã eu alterno entre prestar atenção às aulas, risos avulsos com a Na a Carla e outras pessoas, small talk. Sossegado, sossegado.
Nos fins de semana encontro aqueles que vejo menos. Mais risos. Colocamos nossas vidas em dia.
Algo que percebi ao ler aqui é que nunca menciono minha mãe - a admiração que tenho por ela ou como nossa relação anda bem. Minha família desintegra-se aos poucos, meus avós envelhecem meus pais se afastam e meu irmão é aquele caso complexo que já nem me há mais paciência para explicar. Mas eu vou mesmo assim, talvez em outro post.
De certa forma há uma monotonia em tudo.
Tudo está muito bem, e, ao mesmo tempo, é como se ja tivesse me cansado de viver minha vida. Talvez me falte perspectivas, objetivos, amores.
Quando penso demais nisso desejo muito fortemente fechar-me em livros e outros mundos, poder ser alguma vez quem eu não sou.
E interrompo todos estes pensamentos quando o dia amanhece a vida começa e me é cobrado vive-la. (uma espécie de piloto automático? uma carcaça?)
Já não penso muito mais em nada. Já não analiso mais amizades ou pessoas.
É enfadonho, whatever, if you're here and you're not so stupid we can talk.
De alguma forma minha personalidade some com tudo isso, não?
Pensando agora sinto-me como meu pai ou meu irmão. Indo à algum lugar e deixando meu corpo e outros restos mortais aqui.
Tomara que eu não me perca.