Dec 01, 2008 11:02
Tudo começou no sábado. Minha amada progenitora disse “Vamos arrumar a árvore de Natal!” e eu disse “Natal é coisa de Burguês” e fui para o quarto estudar cálculo. Ela reclamou, reclamou e reclamou e o meu espírito natalino, até então adormecido, retornou e eu fui ajudá-la ao som de um bom ABBA. (Ok, não riam. Abba é bom para arrumar árvores de natal!)
Em um momento eu fui para o depósito que tem no hall coletivo do meu prédio para pegar uma ferramenta que ela queria utilizar para substituir o suporte da árvore que estava perdido. Meu cachorro, Kiko, me seguiu até lá e depois voltou para sala. Quando eu volto para a sala, lá está ele, preso na varanda, tossindo como se fosse vomitar. Eu pensei “Ele provavelmente tava tentando atacar a árvore de natal” e minha mãe disse “Ele tava quase vomitando no tapete, aí coloquei ele lá para fora.”
Ok, normal. O Kiko vive comendo porcaria e de vez em quando vomita. Completamente normal, né? Só que ele tava tossindo MUITO e expelindo uma gosma branca nojenta. Ele mal conseguia andar sem tossir. Aí a gente entrou em pânico, “Aimeudeusdoceu, esse cachorro comeu um brinquedo!” e ligamos para o veterinário (que é 24 horas, olha que chique!) e fomos direto para lá. Era sábado, nove horas da noite.
Chegando lá, a veterinária deu o exame preliminar e disse “Não sinto nada na garganta dele. Vamos tirar um raio x”. TUDO BEM, né? SÒ QUE o meu cachorro, embora seja um shinauzer mini, é a reencarnação do capeta! JUURO! Quando a gente meche com ele ele falta matar um. E não foi diferente. A médica mandou eu virar ele de barriga para cima e eu tentei acalmá-lo e fazê-lo virar sozinho. Óbvio que eu não consegui. Aí ela disse que a gente tinha que virar. Só que a idiota aqui nem lembrou de colocar uma fucinheira no cachorro e aí… PANZ! Ele mordeu eu e a veterinária.
Depois disso, a noite virou um inferno. A gente colocou a fucinheira nele e eu, meu pai e a veterinária tivemos que segurá-lo. Tudo bem, raio x feito, subimos para esperar.
Aí ela volta com ele revelado e diz: “Não tem nada aqui. Vamos abrir a boca dele.”
Fato: Veterinária sádica. A gente decidiu que teria que sedá-lo para pober abrir a boca e fizemos isso.Lá foi ela colocar o catéter para dar a injeção… ele ganhou uma tosa chique com isso. Só que eu desmaio vendo sangue, então quem foi segurar ele? Meu pai. Aí na hora que a mulher foi colocar ocatéter, meu pai deixou ele meio frouxo e… XUÀ! Sangue para todo lado. Eu entrei lá e tava parecendo uma cena de Kill Bill, juro. Aí eles deram um jeito e colocaram o catéter e finalmente o sedaram.
Eu achei que ia acabar aí, mas NÃO. Claro que não, comigo as coisas nunca são fáceis.
Eu fui acalmá-lo para ele poder deitar. Depois de uns 10 minutos ele deitou e dormiu e a veterinária tirou a fucinheira para tentar abrir a boca dele. Ok, a gente achou que ia funcionar. Mas o meu cachorro MESMO sedado tentou morder a veterinária. Ele é um lutador!
A gente decidiu esperar mais um pouco para ver se ele ficava mais grogue, mas não adiantou. Aí tinhamos duas opções: levar ele para casa ou dar uma anestesia geral.
Decidimos trazer ele para casa. Ele estava respirando normal, chegou em casa e comeu e a gente esperava que ele tivesse melhorado.
Só que domingo ele acorda com a mesma tosse de marreco. Então decido procurar no google e descubro que existe um treco chamado GRIPE CANINA e os sintomas eram identicos ao do Kiko. Esperamos até segunda e, no final, era realmente uma inflamação na garganta…
Precisava de tudo isso para detectar uma INFLAMAÇÃO NA GARGANTA!?!?
aleatorio,
cotidiano.