Apr 28, 2013 20:36
Imagino que minha vida profissional será uma parte secundária da minha vida. Como o Super-homem que brinca de jornalista, o serial-killer que brinca de polícia. Serei o escritor que brinca de arquivista, que brinca de músico. Mas se essa fatia da pizza vai ser grande assim, tá na hora de um pouco mais de seriedade. Quero ser um arquivista, trabalhando na Bielorússia, com alguns livros de ficção escritos e publicados. Uma casa numa aldeia, um jardim, uma horta, uns animais, uns filhotes.
Muita neve, muito calor, muita distância.
Eu não gosto tanto de pessoas, mas para tudo há um propósito, e pessoas são baldes cheios de propósitos. Prefiro os animais. Prefiro a grama. Prefiro as montanhas. Prefiro o pós-apocalipse.
Não que escrever seja um prazer imensurável. Não é. Talvez nunca tenha sido. Sempre foi necessidade/diversão. Minha vontade de soltar a criatividade turvalina para cima de personagens e atos tão bizarros quanto podem ser. Me divirto, preciso disso ou fico louco. É, então eu preciso disso mesmo. Guardar toda essa loucura dentro da cabeça, uma hora começa a vazar e daí já não me garanto mais. Mas, logicamente, me arrisco. Na preguiça e na falta de motivação perco meu futuro brilhante.
You’re not drunk if you can lie.