House + Wilson = Hilson

Jun 07, 2008 10:37


É a primeira vez que eu posto bonitinho alguma coisa nesse LJ... tô tão orgulhosa de mim!!!

Esta foi a primeira das fanfics que eu escrevi para a guerra Huddy versus Hilson do orkut.

Título:  “Hot” Christmas night

Autora: Andréa (dea_viana)

Beta: bia brito

Gênero: Missing scene com um NC-17 light

Pares: House/Wilson

Alerta: Slash “light”, não gosta, não leia.

Disclaimer: nada pertence a mim, apenas brinco com o que David Shore criou.

Fic feita para guerra Hilson versus Huddy

Wilson sabia que não deveria estar ali. Afinal era noite de natal ou, já que ele era judeu, época de Hanukkah e ele tinha uma esposa. Mas a questão é que ele tinha também um amigo e, entre quaisquer de suas esposas e House, a verdade é que o último sempre ganharia. Sempre havia sido assim, inclusive, em seus casamentos anteriores. Noites passadas fora de casa porque ele adivinhava que House necessitava dele de alguma forma, mesmo que não fosse capaz de reconhecer.

Lentamente, ele se levantou do sofá. Como de costume, havia bebido cerveja demais e a sala inteira girou diante de seus olhos. Foi nesse ângulo que ele enxergou House deitado, dormindo sobre o carpete, usando os livros de medicina como travesseiro como era de praxe. Sabia que devia ir embora, ir para casa, mas não havia como ele caminhar se o mundo se recusava a se manter estático. Tentando encontrar uma posição confortável, ele deitou-se também e, quando ele viu a TV passar pela quinta vez, simplesmente caiu no sono.

House sentiu um peso sobre sua coxa e isso, indubitavelmente, provocava dor. Abriu os olhos e reconheceu a sala de seu apartamento. Tinha chegado ali com Wilson para cerveja e comida chinesa como parte de uma ceia improvisada de natal. Agora, pelo que ele podia perceber, os dois estavam deitados sobre o carpete. Por algum motivo Wilson não havia ido embora e estava deitado ao seu lado. O peso que ele havia sentido sobre sua coxa nada mais era do que a perna de seu amigo.

O incômodo da dor tinha feito com que acordasse, mas ele tinha que confessar que a sensação de proximidade com o corpo de Wilson não lhe incomodava de jeito nenhum. House se mexeu o suficiente apenas para buscar uma posição mais confortável, embora tentasse evitar distanciar-se demais de Wilson. A dor na perna era algo que ele queria sanar, mas a sensação agradável de ter Wilson deitado ao seu lado, embora lhe fosse nova, era algo a ser perpetuado.

Wilson acordou assustado e o susto foi multiplicado ao perceber que estava praticamente abraçado a House. Ele se lembrava de ter deitado por um momento, esperando que a sala parasse de rodar para voltar, então, para sua esposa. Mas por motivos que ele desconhecia tinha adormecido e se enroscado ao corpo do melhor amigo durante o sono. Talvez isso fosse conseqüência do seu pouco costume em dormir sozinho, a cama sempre dividida com alguma de suas esposas.

Olhou na penumbra o rosto de House e se espantou com a serenidade que era possível flagrar em seu semblante. A pessoa tão ranzinza, tão hostil e, em muitos momentos, até mesmo cruel revelava, adormecida,  uma fragilidade insuspeitável. A mão de Wilson começou a ser atraída para o rosto de House. Ele não queria, mas a necessidade de tocar aquela face parecia tomar conta dele. De repente, ele percebeu que estava tocando os lábios do amigo e, em mais um ato impensado, depositou sobre eles um beijo.

Não havia como ele processar o que estava acontecendo. Será que ele tinha mesmo acordado ou estava apenas sonhando? Wilson tinha acabado de beijá-lo. James Wilson, o seu amigo leal, “serial husband” inveterado tinha acabado de lhe dar um beijo. House tinha certeza de que o amigo ainda achava que ele estava dormindo. E foi essa certeza que terminou por lhe dar uma vontade maior ainda de agir.

Ele devia estar alucinando. Com certeza, House havia misturado Vicodin a comida ou a bebida. De que outra forma ele poderia explicar o fato de que House estava respondendo ao seu beijo? Não havia dúvida e as poucas que poderiam ainda persistir foram eliminadas no momento em que ele sentiu as mãos de House abraçando-o. O que estava acontecendo? Ele não queria pensar, mas as perguntas acumulavam em sua mente. De repente, House parou de reagir. Wilson sentiu as mãos do amigo sustentando o seu rosto e abriu os olhos para ver diante de si um mar de azul. Os olhos do amigo estavam sérios e séria soou também a voz dele dizer: 
- Deixe as perguntas para depois, Jimmy. Talvez esteja na hora de você parar de pensar tanto. Pensar demais faz mal à saúde, você sabe.

House sabia que devia dizer alguma coisa. Ele podia sentir que Wilson havia estranhado a sua participação no beijo. Ele não queria que James voltasse atrás. Abraçou o amigo como uma forma de mantê-lo próximo e sustentou o rosto dele em suas mãos para que ele pudesse ver os seus olhos. Sabia que tinha que parecer sério, pelo menos dessa vez não havia espaço para brincadeiras e truques.

Wilson seguiu seus instintos. Instintivamente, voltou a beijar House e mais uma vez achou que era fruto de sua mente alucinada a correspondência que encontrava nos atos do amigo. Os beijos se seguiam, quentes, ásperos e urgentes, provocando em seus corpos respostas diretas despertadas pelo desejo. As mãos de cada um percorriam o corpo do outro, descobrindo lugares a serem explorados e sensações que eram até então desconhecidas. Quando o contato entre as bocas já não era mais suficiente, House começou a arrancar as suas roupas e as de seu amigo. Pele contra pele, ambos ansiavam por esse contato. Não há manual de instrução para sexo, Wilson pensou de repente. A única coisa a fazer é se deixar levar, mesmo que seja por caminhos  - ou corpos - desconhecidos. Reconhecer o corpo de House, trilhar com a língua veredas sobre a pele e os pêlos de Greg.

House descobriu um Wilson que não conhecia. Partes de Jimmy que ainda não haviam sido apresentadas a ele. O pequeno Jimmy tinha uma língua capaz de arrepiar cada poro de sua pele. E, nesse exato momento, deliciosamente, essa língua percorria toda a extensão de seu pênis, fazendo com que ele gozasse de uma forma que ele nunca pensara que fosse possível com nenhuma das prostitutas que freqüentavam seu apartamento. Beijou Wilson pronto a sentir na língua do amigo o gosto de seu sêmen. Era uma sensação estranha, mas de forma alguma desagradável. E, diferente do que acontecia quando transava com prostitutas, House sabia que precisava compensar o pequeno Jimmy pelo belo serviço realizado. Começou a depositar beijos no peito de Wilson e começou a descer a língua pela barriga lisa do amigo. Ouvi-lo pronunciar entre gemidos o seu nome fazia com que passasse a lamber com mais desejo o pênis de James. Mais uma sensação nova: a sensação agradável de saber que você está proporcionando prazer a alguém que você gosta.  Era isso. Esse era o diferencial. Ele gostava de Wilson.

Eles ainda estavam deitados sobre o carpete. Ambos saciados, mas assustados. Dessa vez, House vez o primeiro movimento ao passar o braço sobre os ombros do amigo. James não esperava por esse gesto, mas eram tantas as sensações novas experimentadas essa noite que ele acreditou que o amigo permitiu a si mesmo avançar um pouco mais. Tinha medo de encará-lo, mas sabia que devia fazê-lo. Vagarosamente, ele levantou os olhos e deparou-se com um House adormecido tendo em seu semblante uma expressão que ele nunca vira. Havia paz naquele rosto e avistá-la foi o bastante para que todos os medos cessassem. Ele se aconchegou um pouco mais naquele abraço, e antes de adormecer sussurrou no ouvido do amigo:
- Feliz natal, Greg!
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