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Sep 10, 2007 13:35

Eu sempre quis saber escrever, é uma merda não poder colocar em texto aquilo que me assombra em pensamentos, eu deveria entrar em algum curso capaz de me livrar dessa insidiosa sina, mas esse vai ser mais uma tentativa que procrastinarei.

Bom o intróito foi somente pra postar esse texto. Queria ser o autor como queria ( Read more... )

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costela September 15 2007, 01:06:35 UTC
Seus argumentos são válidos, mas eles só reforçam a minha idéia de que a miopia é o maior problema.

Parece que o Brasil sofre da "Síndrome do PC novo" (inventei agora): você tá precisando de um PC novo pra poder melhorar seu rendimento (vamos supor que você trabalhe com 3D, por exemplo). Você vê o preço e pensa "hm, se eu esperar mais seis meses, pago metade!". Aí você fica seis meses rendendo cada vez menos, em comparação com o mercado, e quando finalmente compra o PC novo ele já virou fim de linha e o resto do mercado continua com a produtividade melhor que a sua. Resumindo: economia que mantém você atrás.

Bom, esse argumento não é muito científico, mas acho que demonstra bem alegoricamente a postura nacional de esperar que essa eterna melhor opção apareça.
De qualquer forma, vamos para outros argumentos.

Quanto aos empecilhos técnicos dos meios alternativos:
1) A criação de alumínio exige eletricidade uma vês. O resto do período de vida do equipamento ele produz energia. Esta balança certamente não é negativa a médio-prazo, muito menos a longo.
2) As células fotovoltaicas em si não necessitam de poluentes para sua criação e as baterias devem ser usada em qualquer tipo de malha de distribuição, portanto são um denominador comum e estão fora dos argumentos.
3) Os índices de poluição na criação não levam em consideração a poluição com o uso, no caso de energias renováveis, e como você mesmo mencionou, o impacto ambiental delas vai muito além do poluente.
4) Realmente a energia nuclear - quando implementada de forma responsável - tem o impacto ambiental bem reduzido, mas nós sabemos o quão provável é que a implementação nacional seja "responsável".

Quanto à viabilidade, acho que o problema não é no modelo econômico e sim no modelo político, afinal uma usina nuclear, em termos puramente econômicos é um enorme pepino. Construção cara, força de trabalho cara, material enriquecido caro e perigoso, malha de distribuição com poucos pontos de geração e portanto muitas centrais secundárias e o maior problema, ao meu ver: difícil migração.

Lembre-se: eu não estou propondo que as energias alternativas sejam a única fonte, só estou expondo o problema, que na minha opinião é a falta de ação. Estou defendendo que essas tecnologias, por mais que ainda não sejam competitivas centavo-por-centavo com o que temos atualmente, ainda seriam muito úteis para distribuir a infraestrutura nacional e incentivar o desenvolvimento decentralizado. Mesmo em centros urbanos elas poderiam ajudar muito, como é o caso aqui: vários semáforos, placas de ruas e etc são alimentados por células solares.

Eu acho interessante porque minha mãe trabalha exatamente com esse tipo de pesquisa de viabilidade no INPE e quem se interessa pelos resultados? Os gringos. Americanos, Canadenses, Franceses.
A Itália já está desde 2006 pagando menos por Watt em energia solar do que em formas tradicionais. Se até a Itália, de certa forma a piada da União Européia, consegue, o Brasil certamente pode (dadas as devidas proporções).

Mas no final, na Brasilândia, mais vale uma usina bem grande, bonita e icônica do poderio nacional, do que uma grade de infraestrutura bem planejada e eficiente.

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dckabinett September 19 2007, 11:53:01 UTC
Texto para aprofundarmos a discussão...

Energia - outra morte anunciada

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