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Assim como explicar o amor, é suportar a dor.
Complexo.
E a gente apenas sente.
Ela estava lá. Linda. Sua beleza encantadora fez o meu corpo estremecer. Sentou do meu lado e perguntou meu nome.
Respondi timidamente, gaguejando.
Foi uma sensação das mais bonitas que eu já senti.
Sua beleza me sufocava. Pedi que fôssemos até o jardim.
Um jardim repleto de flores e cheiros de diferentes fragrâncias. Mas o dela sobressaia.
No fundo, uma música suave. Uma leve brisa no rosto. Enfim, um tempo perfeito.
Esbocei um leve sorriso e olhei nos seus olhos que brilhavam e contrastavam com o azul do céu.
Tudo parecia um sonho.
Sentamos e começamos a conversar. Parávamos por alguns minutos para que o silêncio fosse o nosso cúmplice.
Fechava os olhos e já sentia sua boca na minha.
Perdi a timidez quando arranquei uma flor do jardim e entreguei a ela. Ela sorriu.
Tudo aconteceu como eu queria. Senti o verdadeiro sentido do amor naquele momento. Um amor diferente que não conhecia.
Começou a chover. E tive que partir. Fixei o meu olhar em sua boca e disse um até logo bem baixinho.
As gotas da chuva que escorriam pelo meu corpo me levaram ao êxtase. Tudo era surreal.
Era difícil de acreditar que aquilo não fosse um sonho.
Então, peguei uma flor que estava no chão no fim da rua, pra lembrar pra sempre daquele momento incrível.
No dia seguinte queria te ver. Mas você não estava.
O sentimento permaneceu durante muito tempo dentro de mim. E sentia aquilo tudo de novo, como se fosse a primeira vez.
Sentir, não ter e fingir, que tudo será como antes. (sem você)