Portugal, an unexpected journey - Part 1

Feb 09, 2012 20:55

I admit it took me awhile to decide exactly where to register my thoughts, pictures and daily experiences from my fellowship at Universidade Nova de Lisboa, Portugal. This LJ should be the obvious choice since this is, in fact, a journal and I pay for this damn thing in the first place. Also here I have the kind of security and the features I don't have anywhere else. The problem is that some time ago I promised myself I'd only write in English over here and a lot of the people I want to read these entries, hmm, don't speak English and it kinda kills the whole point. Also, let's face it: it's extremely easier to write these posts in my native language and since I can't say I'd do some kind of two-language post, I'll break that older promise in order to make things work. I'll put English captions on the pictures for my non-Portuguese speaker friends, though (you're not that many, but you're all very important to me), so they can have an idea what I'm talking about. And if you're curious about something, please, feel free to ask and I'd be happy to reply! :)


Aviso: Normalmente meus posts pessoais são trancados por aqui, mas como a maioria das pessoas que, acredito, irão querer ler sobre isso são o povo da faculdade e eu não vou pedir que ninguém crie conta nesse site (embora para as funções básicas, ele seja digrátis), irei deixar os posts abertos por um mês (contando a partir da data de publicação) para visualização geral... o que permite que usuários anônimos (ou seja, vocês), leiam e comentem (os comentários permanecem invisíveis até que eu os libere, o que impede engraçadinhos falarem asneira). Em resumo: quando eu avisar no facebook que atualizei, se quiserem ler, venham e leiam logo porque depois de um tempo pura e simplesmente não estará mais disponível porque vou trancar para friends only. É isso ou criem uma conta no livejournal e me adicionem, vocês quem sabem. ;*

Eeeeentão. Não vou entrar em detalhes sobre como consegui o intercâmbio para Portugal. Basta dizer que deu um trabalho do cacete, tive de levantar uma documentação desumana, fazer uma entrevista e depois de aprovada levantar outra documentação sobrenatural e ficar semi-especialista em cotações para não perder (muito) na conversão do real para o euro, porque a bolsa não cobria todas as despesas então economizar foi necessário. Nessa empreitada contei com a ajuda de muita gente linda e coração, como a Verônica que já tinha feito o intercâmbio, alguns professores do curso de História da Unifesp que leram minha carta de incentivo e deram dicas e amigos como a Lily, o Elson e a Carol. Isso não teria acontecido sem vocês, então, obrigada!

Isso aqui será mais um registro para o futuro, porque com minha memória de peixinho dourado, com certeza já tem coisas que estou esquecendo. Pretendo escrever uma "entrada" do diário a cada quinze, vinte dias, vai depender do que tiver de interessante para contar, imagino, e também do tempo, porque levei algumas boas horas aprontando isso aqui, entre escrever e arrumar fotos etc.

ps. Há palavrões. Muitos. Almas delicadas, considerem-se avisadas.

07 de Fevereiro

Dormi na sala no dia da viagem. Meu quarto estava desfeito, meus bonecos, bonecas e DVDs encaixotados e socados em um dos lados/em cima do guarda-roupa. Minha bancada ocupada pelas malas (vale dizer que pelo menos cinco pessoas diferentes desacreditaram no tamanho da minha bagagem, todas elas mulheres, aliás) semi-abertas esperando os últimos detalhes. Acordei e o dia parecia tão comum como todos os outros. Aliás, durante os dias que antecederam a viagem, semanas até, me perguntaram de todas as formas se eu estava ansiosa, se o coração tava batendo mais forte etc. Acho que nunca acreditaram de verdade quando eu disse que não. Minhas mãos tremiam no dia da entrevista ou mesmo nos dias/horas que antecederam ao anúncio da seleção, mas a verdade é que não, não senti nada de extraordinário enquanto me preparava para a viagem. No dia, no dia mesmo, estava um calor infeliz em Guarulhos e enquanto eu arrumava as últimas coisas o único pensamento em minha cabeça era "pelo menos vai estar frio lá!" (e está!). A fofíssima da Lu se ofereceu para me levar pro aeroporto e o Elson veio de Ferraz e o Maurício de São Paulo para me acompanharem. Para fechar a comitiva, a dona Giorgia. #Todas vai pro aeroporto e todas se perde até achar o guichê da Ibéria, mas no fim dá tudo certo. Pouco depois, chega a Lily e ficamos conversando sobre nada de especial até a hora do embarque, que tinha que ser mais de uma hora antes por causa da revista, do detector de metais, do passaporte etc. Infelizmente a Carol não conseguiu chegar a tempo e não deu para me despedir dela, o que foi muito triste. Serei obrigada a abraçá-la em dobro quando voltar. Ninguém chorou.




Lu (no volante), Ma (ao lado), Gi (beijos!) e Elson (com a camiseta dos Amotinadooos!): #todas pra Cumbica!
My college friends taking me to the airport
Quando vou passar pela imigração (nós brasileiros passávamos por uma fila menor e mais rápida, mas mesmo assim tínhamos de apresentar nossos passaportes), minha mãos tremiam e o rapaz que me atendeu até comentou o fato. Não sei se era nervoso ou fome (só tinha comido um macarrão com molho instantâneo pelo menos três horas antes), mas por via das dúvidas, uma vez dentro do salão do embarque arranjei uma lanchonete e comi o pior e mais caro beirute da minha existência, mas melhorou a tremedeira, ao menos. Não tive de esperar muuuuito para o embarque, mas trocaram o portão na última hora e tivemos de ficar um tempo considerável de pé na fila. Eu não sabia se meu assento era corredor ou janela (francamente, embora preferisse janela eu só torcia mesmo para não ficar no meio) e qual não é minha agradabilíssima surpresa que não só havia apenas duas poltronas, como a minha era de fato a da janela, mas que não foi ninguém do meu lado! :DDDDDDD Acho que a maioria das pessoas iria preferir ter alguém para conversar durante um vôo de mais de quase dez horas, mas sinceramente, a não ser que seja a companhia de um bom amigo, prefiro ficar sozinha. Isso vale para qualquer tipo de transporte, aliás (assentos individuais nos ônibus, beijaria quem inventou!).

Coisas que eu descobri durante o vôo: 1) dormir na classe econômica é tarefa hercúlea. Simplesmente não é possível encontrar uma boa posição. Fora alguns cochilos e um estado semi-desperto, fiquei acordada a maior parte do tempo ouvindo música ou lendo pornografia gay contos; 2) A comida da Ibéria é até gostosa. Só fiquei curiosa como vegetarianos lidariam, porque mesmo eu pedindo pasta em vez de frango (sempre vou pelo seguro), havia carne no molho e a salada tinha presunto. Tudo bem gostoso, mas mesmo assim, I wonder. E O MAIS IMPORTANTE: tomei coca-light novamente após ANOOOS de abstinência ainda em território brasileiro (foi logo depois da decolagem, então suponho que ainda estivéssemos no Brasil); 3) Turbulências acontecem mesmo sem sinal de chuvas/tempestades e não são naaada divertidas, mas também não cheguei a reencontrar minha fé perdida, então acho que não foi tão forte assim; 4) O inglês de espanhol é HORRÍVEL. Eu entendia uns 30% do que o comandante falava em espanhol e uns outros 40% em inglês, o resto foi só ruído. Há exceções, claro, como o de uma aeromoça muito atenciosa (e que parecia minha professora de HMP, a Lucília), porque eu tinha derrubado minha faca ~ de metal ~ logo depois de comer e a porcaria caiu em algum ponto inacessível do lado do meu assento de classe econômica e como eu não queria que ninguém achasse que eu tinha me apoderado da bendita para derrubar o avião, achei melhor avisar. O problema é que ela não entendia necas de português, então apelei para o bom e velho "do you speak English?" e a partir daí nos entendemos e ela disse que "Oh, okay, okay, it's okay". Me lembrou um pouco quando fui para Buenos Aires e das poucas vezes que me atrevi a abrir a boca com outra pessoa que não a amiga que me acompanhava, foi para falar em inglês.



Jantar da Ibéria: viscoso, mas gostoso!
Dinner from Ibéria: vegans, be aware!
08 de Fevereiro

Uma Lua lindaaaaaaaaaa me acompanhou durante toda a viagem e como não dava para ver muita coisa lá embaixo (fica difícil perceber o oceano Atlântico de madrugada debaixo das nuvens, imagino), tirei foto dela em vários momentos diferentes. Quando finalmente percebi que mais uma vez sobrevoávamos terra-firme (eu tinha cochilado e tá-dã, era dia) estávamos em algum ponto sobre Marrocos. Deu até vontade de descer! Depois, mar de novo e daí, Europa! :) Não sei exatamente que ponto da Espanha era aquele ou se ainda era Atlântico ou se tínhamos passado Gibraltar e estávamos sobre o Mediterrâneo, mas ainda assim era uma senhora vista.


 

Fly me to the moon and let me play~~
Moon pictures took around 4AM (left) and 5AM (right)



(há boatos que) em algum lugar no Sul da Espanha...
Somewhere in South Spain

A felicidade me abandonou quando percebi as horas. A idéia era que chegássemos em Madrid às 10h45, porque nosso vôo de conexão saía às 11h45, MAS como o avião levou uns 15, 20 minutos a mais para sair do Brasil e mais ou menos o mesmo tempo sobrevoando Madrid à espera de permissão de pouso, saímos do avião só às 11h15! E quando me disseram (antes de eu viajar) que o aeroporto era gigaaaaaaaaante eu não levei muito a sério, mas tipo, é gigante do gênero você precisa pegar a porra de um trem para ir de um terminal para outro. É lógico que não deu tempo. Passar pela imigração foi tranqüilo demais. A mocinha me disse "holla" olhou meu passaporte por uns cinco segundos e carimbou, não me perguntou porra nenhuma. Em compensação na hora de passar pela polícia a mulher implicou até com o ferrinho do bojo do meu sutiã! Ah, e me pediu para tirar as botas e olha que não tem nada de metal nelas.

Bom, no fim, eu e o resto do povo que ia para Lisboa teve de entrar em uma fila no guichê da Ibéria para remarcar o vôo, que só sairia às 15h45. Era, por acaso, o vôo que também levaria nossas bagagens, porque não deu nem tempo de fazerem isso com o vôo de São Paulo. O pessoal da Ibéria foi atencioso e deram um voucher para paparmos de graça em um restaurante (sim, não fizeram mais do que obrigação, afinal atrasaram a nossa viagem em quatro horas, mas ainda assim é bom quando nossos 'dereeeeeitos' são atendidos sem termos de espernear por eles) e eu comi pasta (again) e um pedaço de franco tão gigante, tão gigante que se eu pagasse por um treco daquele em um restaurante São Paulo ia sair uma fortuna. Tomei coca-light (*___*) e de sobremesa um doce estranho com creme, chocolate e um molho de frutas vermelhas, mas muuuito bom. Infelizmente não tirei foto porque quando eu olho para o lado OHMYGOD!, juro que vi o Professor Chris Wickham de Oxford e eu juro que tentei não encarar, mas foi mais forte do que eu e ele totalmente percebeu ~ acho que teve uma vaga lembrança, porque profa. Rossana me apresentou para ele ano passado. Só não levantei e fui cumprimentá-lo por que fangirlism tem limites. Para quem não se lembra ele esteve na Unifesp dando uma palestra sobre Marxismo e Idade Média no mesmo dia que uma daquelas assembléias malucas.

Bom e depois, enquanto eu esperava pelo horário fiquei conversando com uma portuguesa (Ana era o nome, se não me engano) que veio no mesmo vôo que eu e geez, como essa mulher malhou a Ibéria! Esse povo que está sempre viajando é outra história, viu. Nóis é tão caipira que desde que o avião não caia tá tudo lindo. Enfim, o avião chegou, fui pro portão e desta vez foi um vôo bem curtinho e eu sentei na última fileira e de novo NINGUÉM foi do meu lado (YES!). Muito mágico porque minha poltrona não era na janela e eu queria ver quando chegasse em Lisboa. Aproveitei e tirei fotos da saída de Madrid porque tinha uns montes lindos com NEVE! *_______* Deu até uma vontadezinha de conhecer a Espanha.






Vista e morrinhos fofos ao sair de Madrid
Views from outside Madrid
Agora chegar em Lisboa foi realmente empolgante. Eu tinha visto a cidade via Google Earth antes de sair do Brasil, mas ao vivo é, sei lá, palpável, sensível, não sei mesmo explicar. E conforme a gente ia se aproximando do aeroporto o avião ia ficando cada vez mais e mais e mais baixo e juro que tudo que eu conseguia pensar era "porra, se essa droga de avião cair vai destruir prédios tãããão lindos!" ~ da série "prioridades, você está fazendo isso errado".




Ai gente, que coisa mais amor!
Hello there, Lisboa!

Perto do aeroporto de Madrid o de Lisboa é um ovo de codorna. Ninguém olhou duas vezes pra mim, peguei minha malinha no lugar que as malinhas rodam (no fim das contas tive de despachar bagagem mesmo, porque não tinha outro jeito de trazer minha faca, meu canivete, meus desodorantes sprays...) e fui pra fila do táxi. Gente, me explica como taxista não sabe onde ficam os lugares? Okay se não sabe, mas não espere que eu, linda e chegada do Novo Mundo saiba? GPS, guia de ruas, qualquer coisa, hein. O coitado do moço teve de parar duas vezes para perguntar, mas cheguei, enfim! (e a gente passou pela Cidade Universitária e eu vi a Torre do Tombo! :o)

As ruas próximas da residência são a coisa mais linda. Só prediozinhos de seis, sete andares, com árvores de folhas secas por causa do frio, tudo muito amor. Hoje tirei fotos de manhã e agora a noitinha, olha que amor!







Minha vista não é liiinda?
Day and night views from my dorm balcony

A moça da recepção (Luísa, igual o nome da rua!) me levou até meu quarto e tinha um bilhete da menina que vai dividir comigo me dando boas-vindas e explicando que essa semana estaria na Espanha. Muito fofa. Daí ela deu o nome dela no facebook para eu procurar e juro que pelo jeito de escrever imaginei que ela fosse portuguesa mesmo, mas quando fui atrás, meu, a guria é da Bulgária! Viktor Krum feelings. XD

Bom, daí joguei as coisas num canto e fui tomar banho com a água fria mesmo (só começou a esquentar depois de sei lá, uns cinco minutos, mas eu tava tão nojenta que nem liguei) e voltei pro quarto e me enfiei debaixo das cobertas. Tava quaaaase cochilando quando batem na porta é era a Gabriela, uma guria do Rio que também veio cursar História (mas ela é do povo do jornalismo da Contemporânea) e me chamou para ir no mercadinho e no chinês que vende cacarecos. Gente, que lugar sensacional. Comprei luvas fofas e talheres e potinhos para comer e um copo verde com um sorriso e um mini-varal! :DD No mercado comprei coca-light (*_________*) de um litro (quantidade ideal, ficadica, Brasil), iogurte, macarrão e molho e usei meu VTM pela primeira vez e fiquei muito orgulhosa de mim mesma. Foram com a gente um rapaz e uma moça do Recife e o rapaz também era um Petiano, vejam vocês! (mas de Ciências Sociais)

Belisquei alguma coisa quando voltei e fui para debaixo das cobertas de novo, liguei o note e avisei que estava viva no Face, li um pouco e fui dormir bem cedo, antes das 10 horas.

09 de Fevereiro

Acordei de madrugada, antes das cinco e internetei um pouco e saí na varanda e tava ainda tudo escuro, levantei e fui desfazer minhas malas e arrumar a bagunça que tinha feito no quarto (até arrumei a cama!). Daí comecei a separar as fotos e escrever esse post. O sol só começou a nascer quase oito da manhã! Enquanto escrevia e decidia como passaria o dia, a Gabriela me avisa que um pessoal ia hoje na NOVA fazer a matrícula e quando eu pergunto que horas para ir junto eles já estavam subindo! (meu quarto é no último andar) e ainda bem que eu já estava vestida, daí foi só botar as coisas na mala, desligar o note e sair. Tinha chegado outro rapaz do Brasil, Maurício, que faz Oceonografia (ou algo parecido) na federal do RS. Andei de metrô em Lisboa pela primeira vez e gente, que estaçõezinhas simpáticas. Me lembraram um pouco as de Buenos Aires, com as galerias grandonas e cheias de propaganda. Coisa engraçada: as pessoas realmente esperam atrás da faixa amarela... e quase não tem escadas rolantes nas estações! DDDD:

Chegando no nosso ponto, saímos numa avenida muito bonita, daí a gente olha para trás e um anúncio ENOOORME de que vai ter show do Michel Teló (é assim que escreve? É o cara do "saboroso, saboroso, assim tu me assassinas" lá) aqui. Já tô na fila. Bom, daí caminhamos até o prédio da NOVA e que pracinha mais mordível tem lá! As folhas das árvores vermelhas, laranjas, douradas!!! Devia ter tirado foto, mas estávamos com medo de perder o horário e nem pensei nisso. Lembrarei de tirar nos próximos dias. Por lá foi tudo okay, chegamos a tempo, ganhamos um envelope com dicas para intercambistas e fomos pagar as taxas e confirmar nossas matrículas e disciplinas e eu me matriculei em Medieval, Medieval, algo também de Medieval, outro que também é Medieval e mais um que no fim é Medieval e vou ter o semestre mais lindo do universo, dá licença. E o carinha que nos atendeu não era o meu tipo, mas por ele eu abria uma exceção. Super fofo.

Depois disso fomos achar a saída certa da estação para dar entrada no cartão de ônibus e descubro que como infelizmente já sou uma anciã eu não pago mais meia (estudante aqui é só até os 23 anos). Também tive de tirar fotos numa maquininha na estação e a voz eletrônica assustadora diz "Aqui vamos nós!" quando vão bater o flash! Sério. So, a partir dali cada um tinha um plano, o moço de CS ia voltar pro alojamento, o moço do RS ia ter de voltar para a NOVA resolver umas pendências e eu fui para o shopping comprar um casaco porque eu só trouxe um e mesmo não estando TÃO frio quanto eu esperava (ou como o pessoal que veio do Rio e do Nordeste tá sentindo, lol), está frio o bastante para precisar de mais um casaco.

Fui num shopping perto de uma estação de metrô (e lá vou eu andar maaaais de metrô e gente, como as mulheres negras daqui são elegantes! Assim, quero dizer, mais elegantes que todas as outras mulheres. O cabelo, as roupas, os 'ôro' ~ na verdade, prata, pq é mais chique ~ tudo muito lindo e digno, me senti mais maltrapilha do que o costume perto delas) e como estava LARANJA de fome, achei um KFC e pensei que essa porra vai abrir em SP antes de eu voltar e fui comer lá mesmo. Pedi um treco que chama "Wicked Box" e nossa, todo mundo que me conhece (ou que já pôs os olhos em minha pessoa e viu tuuuuuuuuudo isso) sabe que eu sou muito boa de garfo, e lembremos que eu estava com F.O.M.E (fazia HORAS que eu tinha tomado um iogurte) e mesmo assim foi só por questão de honra que eu consegui comer tudo e juro foi quase botando parte pra fora. Era um lanche de tamanho razoável, três hot wings, mais batata frita, mais onion rings e um refrigerante e tudo por 6,75 euros! É quase o preço de um lanche do McDonald's daí e acreditem em mim quando eu digo que daria tranqüilo para duas pessoas. Lisboa, fazendo a perspectiva de perder peso cada vez mais risível desde não sei quando.

Comida eu, fui atrás de casaco. Não achei muita coisa, mas o que achei foi sucesso. Um cachecol azul-escuro GIGANTE e lindo e só CINCO EUROS e *______*, também comprei um casaco de tricô (lã, sei lá o que é isso) quase na mesma cor também muito lindo, mas o que me deixou AH MEU DEUS EU QUERO AGORA, ME DÁ, ME DÁ foi um casaco na Zara, que como o resto do shopping tava com saldos em quase tudo, e bom, eu sempre compro casacos na seção masculina porque eles são sempre mais legais, com mais bolsos e servem em mim sem eu ter de ficar me sentindo um ser desprezado pela moda. A única coisa ruim é a manga que sempre fica graaaaaande, mas nada que uma costureira não resolva no futuro. Casaco enorme, quaaaase um sobretudo, quente, com touca e BOLSOS e LINDO e cinqüenta euros. Pronto, inverno, estou preparada. Dê seu melhor.

E por hoje é só. Escrevi cinco páginas de Word e não vou reler agora porque estou com preguiça. Porra, viu.

Saudades (de vocês, não daí),
Cel/Dana/Amaruk/whateverfloatsyourboat

@rl, me: college girl, trip: europe-2012, me: lufa

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