Aug 18, 2009 03:04
li noutro dia que a hora mais propícia a aparições de fantasmas é esta - três da manhã. talvez tenha ouvido e não lido. cada vez leio menos, cada vez estou mais estúpido, menos bruto.
seja como for, fantasmas. assustam-me como o raio que os parta.
e não é isto que eu quero dizer, não foi para isto que me sentei.
desculpa não ter poemas de amor para ti.
não sei outra forma de o dizer, mas a verdade é que os perdi pelo caminho e quando cheguei à tua porta não tinha nada nas mãos. nada.
ainda assim encheste-mas de beijos.
daí eu ter voltado para trás, para procurar um a um os versos que deveria ter escrito para ti.
não quero fugir outra vez, sabes?
quero apenas existir minimamente, fugazmente, intensamente na almofada onde deitas a cabeça também. e que a luz que vem lá de fora, lua, lâmpada ou pirilampo, seja só a suficiente para que nos reconheçamos.
e agora dorme em paz, ainda cá estarei quando amanhecer.
e não é isto que eu quero dizer, não foi para isto que me sentei. de todo.