(no subject)

Sep 26, 2006 14:03

no mínimo algo frágil, frágil. que encontro. o avesso me era oferecido ao avesso. como queria agora deixar claro que não há raiva. e o que eu posso fazer? o que posso eu fazer se a vida é assim? se tiver que ser. eu não posso me tornar grades e farpas. não que isso me faça tirar a compaixão que você merece. nós somos erro. e temos todos que aprender as mesmas coisas porque nascemos assim brutos e queremos seguir o mesmo caminho: os outros. anida com medo do que não durou. e de não ser generosa o suficiente. não me sinto limpa. me sinto em espera. com um caroço maciço e nu. chega. se todos os anjos esquecem-se eu abaixo a cabeça e dobro os joelhos dourados. desço ao chão para contar-lhe que é parte de mim. mas eu não pari nada. eu não devo descansar. não devo novamento olhar para o céu. porque sou eu; e o verbo "aceitar" quase já perdeu o sentido a essa altura. eu sou um arranhão saliente na sua pele toda. um vergão constante. não devo ouvir. não perguntar uma pergunta sequer. e sei que faço parte. de algo eu faço parte. então não sou mais seca.
eu perdi. eu perdi mas é segredo. inocente como os seus segredos mas menos elevado. talvez seja grave. e me perdi, como haveria de ser. há tanta luz artificial que eu não acho mais minhas próprias mãos. se as encontrasse eu entenderia melhor? um fascínio faiscante. um bem sem bem. como pode alguém querer proteger algo improtegível de tão obviamente errado?
tão difícil não poder se alguém-outro e ninguém poder me ser. mas é bonito. porque isso é tudo.
vou tapar teus olhos então, você me conta o que vê.
certa ansiedade.
simplicidade imposta funciona?
Previous post Next post
Up