trago-te, permanente, comigo .
sempre me foste amor adivinhado, na desmesura poética das buganvílias floridas nos alpendres de outras primaveras .
e das esperas desencontradas no corredor do sol oblíquo, reconheço, inteiras, as janelas do nosso quarto - e a cómoda que não teremos, desarrumada de livros e discos que sabemos de cor .
e se és a minha metáfora predilecta, hei-de desenhar-te este amor vermelho-azul num prelúdio de beijo perfeito, com o coração descompassado a cada regresso anunciado .