Sydney avançou para dentro do quarto e girou a tranca, ofegante. Manteve as mãos na madeira da porta, garantindo para si que estava livre do fã. Espiou pelo olho mágico, vendo apenas o corredor vazio. Procurou pelo perseguidor numa direção, na outra, então ouviu alguém pigarrear às suas costas.
Ela soltou um grito, virando-se contra a porta, com as mãos sobre o peito.
Sentado sobre a cama do quarto, um homem de óculos a encarava por sobre a tela de um computador. Os dois se entreolharam por um minuto, até que ele falou: "Você não é a Claudia."
Ela exalou o ar, sentindo as pernas amolecerem. "Eu… Eu preciso falar com a Chris." Abriu a bolsa e puxou dali o telefone. Odiava admitir que estivera prestes a perder o controle. Podia lidar com qualquer um que se aproximasse sem ser desejado, só que o olhar daquele rapaz simplesmente a balançara. Os olhos vazios, olhos de quem não tinha nada a perder, prometiam horrores que ela não queria relembrar. Pediria à madrinha para tomar as providências e garantir que ele ficasse longe.
Sydney deu-se conta que segurava o aparelho diante da porta, sem fazer nada. O hóspede daquele quarto a estudava do mesmo lugar sobre a cama. Ela reparou na quantidade de livros e papéis espalhados ao redor dele pelos lençóis e voltou a fitá-lo no rosto. Era um homem alguns anos mais novo que ela. O olhar esverdeado cada vez mais preocupado aguardava que ela reagisse.
A mulher controlou a respiração e concentrou-se na ligação que precisava fazer. Fez a discagem rápida para madrinha e empresária e ouviu a linha chamar. No segundo toque, o telefone ficou mudo. A atriz olhou para a tela apagada e ignorou o impulso de lançar o aparelho contra a parede. "Estou sem bateria. Posso usar o seu telefone?"
O homem ergueu as sobrancelhas. "Ahm…"
Ela balançou a cabeça. "Desculpe. Eu invadi seu quarto, eu estava…" Olhou para trás, fitando a porta um segundo. Voltou-se para ele. "Estou tendo problemas com os paparazzi hoje. Pensei que a segurança deste hotel seria melhor." Forçou um sorriso, abrindo os braços. "Mas obviamente não é."
O hóspede soltou o ar, relaxando. Assentiu. "Neste caso, a culpa é minha. Estou esperando alguém e deixei a porta destrancada."
Sydney aproximou-se da cama. "E eu agradeço por isso." Esticou a mão. "Sou Sydney Fox. Desculpe a intromissão."
Ele se levantou, rápido, aceitando a mão dela. "Nigel Bailey." Os dois tinham a mesma altura, ela precisou olhar levemente para baixo por causa do salto. O homem soltou a mão dela e continuou, movendo os braços. "Bom, você pode…" Indicou o criado-mudo. "Usar o telefone." Enfiou as mãos nos bolsos da calça caqui. Afastou-se para a mesa no canto perto da janela. "Quer tomar um copo d'água, ou um chá?" A morena o encarou. "É que você parece nervosa."
"Não, obrigada." Ela tirou o telefone do gancho. Olhou para os números, então devolveu o aparelho ao lugar e sentou-se na beirada da cama. Viu que ele a espiava enquanto adoçava uma xícara. "Eu não sei o número," resmungou. Nigel virou-se para a cortina, mas a mulher percebeu sua expressão. "Estive à beira de um ataque de nervos, não ria de mim."
Ele mordeu os lábios. "Me desculpe." Apanhou outra xícara e serviu o líquido do pequeno bule. "Tenho um seminário pra apresentar nesta tarde. Estou a base de chá de camomila desde ontem. Quer açúcar?"
Ela suspirou e concordou. Olhou os títulos dos livros pela cama, a imagem na tela do computador. "O que você faz?"
"Eu sou professor." Ele pareceu orgulhoso. "De História."
Sydney passou a mão sobre uma das páginas marcadas, falava algo sobre os egípcios. "Sempre adorei História."
Nigel sorriu ao entregar-lhe a xícara. "Eu também." Estava ali de novo, o orgulho na voz e na face dele. A morena sentiu-se como uma aluna sendo elogiada. Pigarreou e estudou o líquido. Ficou indecisa. "O que foi?" Ele aguardava, de pé.
"Eu não te conheço. Pode ter alguma substância nesta bebida."
Ele a fitou, incrédulo por um segundo. Então trocou as xícaras.
A mulher ergueu uma das sobrancelhas. "Você pode ter adiantado a minha desconfiança. Usou a substância na sua xícara e agora quem tem o copo envenenado sou eu."
O homem concordou, devagar. Apanhou o recipiente dela e despejou uma porção em seu próprio. Provou um gole, com um sorriso de canto.
Ela aceitou a xícara de volta, satisfeita. Ele semicerrou os olhos. "Como sabe se eu não envenenei as duas e passei os últimos anos adquirindo imunidade à substância?"
Sydney deu de ombros. Inclinou a cabeça. "Você não tem jeito de pirata."
O professor riu e voltou para seu lugar à mesa. "Como desejar." Puxou uma cadeira e ocupou-se com seu chá.
Ele era inglês e com certeza assistira à Princesa Prometida. Parecia confiável. A atriz saboreou a bebida. Aproveitou a sensação doce e morna. Não percebera que estava com frio até aquele momento. Culpa da adrenalina que diminuía, estavam em plena primavera.
"Você pode pedir o número pelo auxílio à lista," Bailey comentou.
A mulher percebeu que se distraíra de novo. Balançou a cabeça. "O meu quarto fica na cobertura. Chris vai me encontrar lá em alguns minutos."
"Tem certeza? Quer usar o meu carregador?" Ela negou com a cabeça. "Quer que eu chame a segurança do hotel? Quer que eu te leve até seu quarto?"
Sydney respirou profundamente. Envolveu a xícara quente com as duas mãos. "Posso ficar aqui mais alguns minutos?"
"É claro! Fique o quanto desejar." Ele bebericou o líquido fumegante. Seus olhos correram sobre os papéis espalhados na cama. Aconchegou-se contra o encosto da cadeira.
"Estou interrompendo o seu trabalho. E você estava esperando alguém." A morena desanimou-se um pouco.
"É minha colega. Não posso terminar sem os documentos que ela está trazendo. Eu precisava de uma distração." A voz grave dele soou tranquila, e quietude pairou no quarto. Sydney observou como a luz do dia atravessava a janela tornando as paredes claríssimas, o suéter dele mais verde, realçando seus olhos e suavizando o rosto calmo. O homem retirou os óculos e os depositou na mesa. De forma objetiva, ele era atraente.
Os dois terminaram o chá. Nigel levantou-se para apanhar a xícara dela. "Então você é atriz?"
A mulher percebeu que suas mãos já não tremiam. "Vim promover o último filme. Mal posso esperar pras entrevistas acabarem." Viu a hora na tela do computador ao seu lado. "Chris já deve estar no meu quarto." Apanhou o telefone. O inglês foi ao lavabo, dando a ela privacidade.
Assim que disse alô, a madrinha reconheceu a voz da atriz. "Onde você está, menina? Por que não ligou o telefone? Já estava prestes a chamar a polícia!"
"Eu estou no hotel. Eu fui… abordada no elevador. Entrei num dos outros quartos." Umedeceu os lábios. "Pode vir me buscar?" Não queria deparar-se novamente com o perseguidor sozinha nos corredores.
A respiração de Christine soou alta. "Você está bem? O que aconteceu?"
"Eu te conto quando nos encontrarmos. Você pode vir?"
"Qual o número do quarto?"
A morena balançou a cabeça e passou a mão pelos cabelos. "Eu não sei. O último do corredor, três andares abaixo."
"Te vejo em dois minutos. Não saia daí!"
Sydney revirou os olhos e devolveu o aparelho ao gancho. Ficou de pé. Alinhou a blusa e a calça social e alongou o pescoço. Apanhou a bolsa de sobre a cama e aguardou.
Nigel saiu do lavabo, e ela sorriu com mais ânimo desta vez. "Chris está vindo me pegar." Ele concordou. A mulher desviou o rosto levemente. Sentia-se mal por ter invadido o quarto e a privacidade dele do jeito que fizera. "Eu nem sei como te agradecer. Pode ligar pra mim, ou pra Chris, e nós conseguiremos entradas de algum show ou peça que você prefira, talvez algum restaurante."
Ele abanou as mãos. "Não, não se preocupe. Estou feliz em ajudar." E a atriz perdeu-se na expressão sincera dele. O homem não demonstrava incômodo ou segundas intenções maquiadas. Ela sentiu-se melhor. Batidas na porta os interromperam.
"Deve-deve ser pra mim." Sydney saltou para trás, quase tropeçando no carpete. Seu rosto queimou enquanto ela cruzava a distância até alcançar a maçaneta. Conferiu pelo olho mágico que era a empresária e abriu.
"Sydney Fox, nunca mais faça isso comigo!" Christine adentrou, abraçando a morena. Viu o inglês por sobre o ombro dela. "Ora!" Soltou a mulher. "Não me disse que estava acompanhada." Aprumou-se e lançou uma olhadela para a atriz. Fox a repreendeu baixinho e fez as apresentações. A empresária apertou a mão de Bailey. "Obrigada por tomar conta da minha menina. Esses fotógrafos são um estorvo." Puxou um cartão de visitas da bolsa e entregou-o ao homem. "Entre em contato comigo. Vou preparar algo especial pra você." Ele ia protestar, mas viu Sydney sorrindo, indicando que ele aceitasse, e suspirou. Concordou. A mulher mais velha bateu as mãos no ar. "Ótimo! Agora eu preciso pedir que, por favor, se mantenha discreto sobre o acontecimento de hoje. Ok?"
"Chris!"
"Menina, é necessário!"
"Eu não vou contar a ninguém," ele prometeu, tentando agradar as duas.
A empresária fez sinal de aprovação e enlaçou o braço da morena. "Então vamos lá. Adeus, Nigel!" Abanou os dedos.
"Adeus, Senhora Newell." Ele fitou a morena um instante. "Adeus, Senhorita Fox."
Ela pausou um segundo. "Me chame de Syd. Foi um prazer te conhecer, Nigel." E as duas partiram.
O homem fechou a porta. Inspirou profundamente. Repassou os últimos momentos sem saber ao certo o que pensar. O encontro fora inesperado, obra do acaso, mas ao mesmo tempo, um dos mais agradáveis que ele tivera nos últimos anos.
Talvez o destino estivesse do seu lado. Talvez ele pudesse encontrá-la de novo.
Olhou para o cartão de visitas.
Quem sabe?
- Fim -
Omgoshhhhhhhhhh não pensei que ia ficar tão compridooooo.
Espero que este AU tenga continuación porque me acabo de enamorar de este Universo
Me encanta este primer encuentro y me intriga mucho saber quién es el fan que la acosa y qué ocurrió en el pasado de Syd
Además quiero saber cuando se volverán a encontrar estos dos (y adoro que Nigel no sepa quién es Syd y que ésta no sea una actriz caprichosa que se molesta por ello)
Aaaaaaaahhhhh! Eu fiquei tão imensamente feliz quando li este comentário porque eu amei escrever este au, e mais ainda porque eu realmente tenho a continuação aqui. Muahahaah!
Não postei a história completa porque não coube nos comentários. A segunda parte tem umas 2k palavras e vou esperar até o festival acabar para eu postar no ao3. *3*
Ainda estou calibrando a quantidade de palavras, hahahahahahaha, não consigo fazer fic pequena, às vezes simplesmente não sai. Omg.
É tão bom receber o seu feedback, está sendo ótimo participar e ter também as suas fics para ler e comentar! Owwww, amo o que você escreve!
Beijos e mais beijos, minha diva, espero que esteja tudo bem aí com você. Aqui o frio finalmente chegou, vivaa Vou correndo ali adiantar mais comentários ;)
Ela soltou um grito, virando-se contra a porta, com as mãos sobre o peito.
Sentado sobre a cama do quarto, um homem de óculos a encarava por sobre a tela de um computador. Os dois se entreolharam por um minuto, até que ele falou: "Você não é a Claudia."
Ela exalou o ar, sentindo as pernas amolecerem. "Eu… Eu preciso falar com a Chris." Abriu a bolsa e puxou dali o telefone. Odiava admitir que estivera prestes a perder o controle. Podia lidar com qualquer um que se aproximasse sem ser desejado, só que o olhar daquele rapaz simplesmente a balançara. Os olhos vazios, olhos de quem não tinha nada a perder, prometiam horrores que ela não queria relembrar. Pediria à madrinha para tomar as providências e garantir que ele ficasse longe.
Sydney deu-se conta que segurava o aparelho diante da porta, sem fazer nada. O hóspede daquele quarto a estudava do mesmo lugar sobre a cama. Ela reparou na quantidade de livros e papéis espalhados ao redor dele pelos lençóis e voltou a fitá-lo no rosto. Era um homem alguns anos mais novo que ela. O olhar esverdeado cada vez mais preocupado aguardava que ela reagisse.
A mulher controlou a respiração e concentrou-se na ligação que precisava fazer. Fez a discagem rápida para madrinha e empresária e ouviu a linha chamar. No segundo toque, o telefone ficou mudo. A atriz olhou para a tela apagada e ignorou o impulso de lançar o aparelho contra a parede. "Estou sem bateria. Posso usar o seu telefone?"
O homem ergueu as sobrancelhas. "Ahm…"
Ela balançou a cabeça. "Desculpe. Eu invadi seu quarto, eu estava…" Olhou para trás, fitando a porta um segundo. Voltou-se para ele. "Estou tendo problemas com os paparazzi hoje. Pensei que a segurança deste hotel seria melhor." Forçou um sorriso, abrindo os braços. "Mas obviamente não é."
O hóspede soltou o ar, relaxando. Assentiu. "Neste caso, a culpa é minha. Estou esperando alguém e deixei a porta destrancada."
Sydney aproximou-se da cama. "E eu agradeço por isso." Esticou a mão. "Sou Sydney Fox. Desculpe a intromissão."
Ele se levantou, rápido, aceitando a mão dela. "Nigel Bailey." Os dois tinham a mesma altura, ela precisou olhar levemente para baixo por causa do salto. O homem soltou a mão dela e continuou, movendo os braços. "Bom, você pode…" Indicou o criado-mudo. "Usar o telefone." Enfiou as mãos nos bolsos da calça caqui. Afastou-se para a mesa no canto perto da janela. "Quer tomar um copo d'água, ou um chá?" A morena o encarou. "É que você parece nervosa."
"Não, obrigada." Ela tirou o telefone do gancho. Olhou para os números, então devolveu o aparelho ao lugar e sentou-se na beirada da cama. Viu que ele a espiava enquanto adoçava uma xícara. "Eu não sei o número," resmungou. Nigel virou-se para a cortina, mas a mulher percebeu sua expressão. "Estive à beira de um ataque de nervos, não ria de mim."
Ele mordeu os lábios. "Me desculpe." Apanhou outra xícara e serviu o líquido do pequeno bule. "Tenho um seminário pra apresentar nesta tarde. Estou a base de chá de camomila desde ontem. Quer açúcar?"
Ela suspirou e concordou. Olhou os títulos dos livros pela cama, a imagem na tela do computador. "O que você faz?"
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Sydney passou a mão sobre uma das páginas marcadas, falava algo sobre os egípcios. "Sempre adorei História."
Nigel sorriu ao entregar-lhe a xícara. "Eu também." Estava ali de novo, o orgulho na voz e na face dele. A morena sentiu-se como uma aluna sendo elogiada. Pigarreou e estudou o líquido. Ficou indecisa. "O que foi?" Ele aguardava, de pé.
"Eu não te conheço. Pode ter alguma substância nesta bebida."
Ele a fitou, incrédulo por um segundo. Então trocou as xícaras.
A mulher ergueu uma das sobrancelhas. "Você pode ter adiantado a minha desconfiança. Usou a substância na sua xícara e agora quem tem o copo envenenado sou eu."
O homem concordou, devagar. Apanhou o recipiente dela e despejou uma porção em seu próprio. Provou um gole, com um sorriso de canto.
Ela aceitou a xícara de volta, satisfeita. Ele semicerrou os olhos. "Como sabe se eu não envenenei as duas e passei os últimos anos adquirindo imunidade à substância?"
Sydney deu de ombros. Inclinou a cabeça. "Você não tem jeito de pirata."
O professor riu e voltou para seu lugar à mesa. "Como desejar." Puxou uma cadeira e ocupou-se com seu chá.
Ele era inglês e com certeza assistira à Princesa Prometida. Parecia confiável. A atriz saboreou a bebida. Aproveitou a sensação doce e morna. Não percebera que estava com frio até aquele momento. Culpa da adrenalina que diminuía, estavam em plena primavera.
"Você pode pedir o número pelo auxílio à lista," Bailey comentou.
A mulher percebeu que se distraíra de novo. Balançou a cabeça. "O meu quarto fica na cobertura. Chris vai me encontrar lá em alguns minutos."
"Tem certeza? Quer usar o meu carregador?" Ela negou com a cabeça. "Quer que eu chame a segurança do hotel? Quer que eu te leve até seu quarto?"
Sydney respirou profundamente. Envolveu a xícara quente com as duas mãos. "Posso ficar aqui mais alguns minutos?"
"É claro! Fique o quanto desejar." Ele bebericou o líquido fumegante. Seus olhos correram sobre os papéis espalhados na cama. Aconchegou-se contra o encosto da cadeira.
"Estou interrompendo o seu trabalho. E você estava esperando alguém." A morena desanimou-se um pouco.
"É minha colega. Não posso terminar sem os documentos que ela está trazendo. Eu precisava de uma distração." A voz grave dele soou tranquila, e quietude pairou no quarto. Sydney observou como a luz do dia atravessava a janela tornando as paredes claríssimas, o suéter dele mais verde, realçando seus olhos e suavizando o rosto calmo. O homem retirou os óculos e os depositou na mesa. De forma objetiva, ele era atraente.
Os dois terminaram o chá. Nigel levantou-se para apanhar a xícara dela. "Então você é atriz?"
A mulher percebeu que suas mãos já não tremiam. "Vim promover o último filme. Mal posso esperar pras entrevistas acabarem." Viu a hora na tela do computador ao seu lado. "Chris já deve estar no meu quarto." Apanhou o telefone. O inglês foi ao lavabo, dando a ela privacidade.
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Assim que disse alô, a madrinha reconheceu a voz da atriz. "Onde você está, menina? Por que não ligou o telefone? Já estava prestes a chamar a polícia!"
"Eu estou no hotel. Eu fui… abordada no elevador. Entrei num dos outros quartos." Umedeceu os lábios. "Pode vir me buscar?" Não queria deparar-se novamente com o perseguidor sozinha nos corredores.
A respiração de Christine soou alta. "Você está bem? O que aconteceu?"
"Eu te conto quando nos encontrarmos. Você pode vir?"
"Qual o número do quarto?"
A morena balançou a cabeça e passou a mão pelos cabelos. "Eu não sei. O último do corredor, três andares abaixo."
"Te vejo em dois minutos. Não saia daí!"
Sydney revirou os olhos e devolveu o aparelho ao gancho. Ficou de pé. Alinhou a blusa e a calça social e alongou o pescoço. Apanhou a bolsa de sobre a cama e aguardou.
Nigel saiu do lavabo, e ela sorriu com mais ânimo desta vez. "Chris está vindo me pegar." Ele concordou. A mulher desviou o rosto levemente. Sentia-se mal por ter invadido o quarto e a privacidade dele do jeito que fizera. "Eu nem sei como te agradecer. Pode ligar pra mim, ou pra Chris, e nós conseguiremos entradas de algum show ou peça que você prefira, talvez algum restaurante."
Ele abanou as mãos. "Não, não se preocupe. Estou feliz em ajudar." E a atriz perdeu-se na expressão sincera dele. O homem não demonstrava incômodo ou segundas intenções maquiadas. Ela sentiu-se melhor. Batidas na porta os interromperam.
"Deve-deve ser pra mim." Sydney saltou para trás, quase tropeçando no carpete. Seu rosto queimou enquanto ela cruzava a distância até alcançar a maçaneta. Conferiu pelo olho mágico que era a empresária e abriu.
"Sydney Fox, nunca mais faça isso comigo!" Christine adentrou, abraçando a morena. Viu o inglês por sobre o ombro dela. "Ora!" Soltou a mulher. "Não me disse que estava acompanhada." Aprumou-se e lançou uma olhadela para a atriz. Fox a repreendeu baixinho e fez as apresentações. A empresária apertou a mão de Bailey. "Obrigada por tomar conta da minha menina. Esses fotógrafos são um estorvo." Puxou um cartão de visitas da bolsa e entregou-o ao homem. "Entre em contato comigo. Vou preparar algo especial pra você." Ele ia protestar, mas viu Sydney sorrindo, indicando que ele aceitasse, e suspirou. Concordou. A mulher mais velha bateu as mãos no ar. "Ótimo! Agora eu preciso pedir que, por favor, se mantenha discreto sobre o acontecimento de hoje. Ok?"
"Chris!"
"Menina, é necessário!"
"Eu não vou contar a ninguém," ele prometeu, tentando agradar as duas.
A empresária fez sinal de aprovação e enlaçou o braço da morena. "Então vamos lá. Adeus, Nigel!" Abanou os dedos.
"Adeus, Senhora Newell." Ele fitou a morena um instante. "Adeus, Senhorita Fox."
Ela pausou um segundo. "Me chame de Syd. Foi um prazer te conhecer, Nigel." E as duas partiram.
O homem fechou a porta. Inspirou profundamente. Repassou os últimos momentos sem saber ao certo o que pensar. O encontro fora inesperado, obra do acaso, mas ao mesmo tempo, um dos mais agradáveis que ele tivera nos últimos anos.
Talvez o destino estivesse do seu lado. Talvez ele pudesse encontrá-la de novo.
Olhou para o cartão de visitas.
Quem sabe?
- Fim -
Omgoshhhhhhhhhh não pensei que ia ficar tão compridooooo.
Sorry
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Espero que este AU tenga continuación porque me acabo de enamorar de este Universo
Me encanta este primer encuentro y me intriga mucho saber quién es el fan que la acosa y qué ocurrió en el pasado de Syd
Además quiero saber cuando se volverán a encontrar estos dos (y adoro que Nigel no sepa quién es Syd y que ésta no sea una actriz caprichosa que se molesta por ello)
More please!!!!
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Eu fiquei tão imensamente feliz quando li este comentário porque eu amei escrever este au, e mais ainda porque eu realmente tenho a continuação aqui. Muahahaah!
Não postei a história completa porque não coube nos comentários. A segunda parte tem umas 2k palavras e vou esperar até o festival acabar para eu postar no ao3. *3*
Ainda estou calibrando a quantidade de palavras, hahahahahahaha, não consigo fazer fic pequena, às vezes simplesmente não sai. Omg.
É tão bom receber o seu feedback, está sendo ótimo participar e ter também as suas fics para ler e comentar! Owwww, amo o que você escreve!
Beijos e mais beijos, minha diva, espero que esteja tudo bem aí com você. Aqui o frio finalmente chegou, vivaa
Vou correndo ali adiantar mais comentários ;)
Até mais!
Love you!
<3
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