Quando eu terminei Hannibal S1, 2013

Jan 03, 2014 21:16

Hannibal não é uma série qualquer. De fato, não sei como começar a elogiá-la. O único filme que vi da franquia foi Dragão Vermelho há uns oito anos atrás. Não revi. Não li. Mesmo assim os personagens tal como o excelente elenco me atraíram de tal forma... Como se eu fosse do fandom há um bom tempo.
Os quatro primeiros episódios são meio maçantes porque têm muito diálogo na perspectiva de quem não conhece Hannibal Lecter. Mas, no geral, têm menos diálogo desnecessário, digamos assim, que, por exemplo, no Sherlock da BBC.
Hannibal não só junta, mas funde suspense horror e drama. Leve romance - inclusive e naturalmente slash.
Cada morte me encheu os olhos, o corpo, o local. Baltimore, Minnesota... No episódio oito, se não me engano, o qual aborda a Síndrome de Cotard, foi o que me assustou um pouco, o que fez eu me encantar ainda mais por essa série haja vista que mal me assusto com filmes, raras vezes com livros.
O porte de Mads. O quase-sentimento reduzido no olhar corroborando com a lógica de que o psicopata não sente. O sentir com os olhos. Vir-a-ser desespero disfarçado, escondido. O aroma do vinho. A culinária macabra e refinada. O zelo a fineza. A limpeza, a sub-emoçao carregada em Will. A dor do Will. A sua aflição no primeiro episódio - assistida e sentida -- desenvolvendo-se ao longo dos treze episódios para fechar grandiosamente no décimo terceiro. Voce vê? Hannibal não é qualquer série. A linguagem, as referências. Primor em estado cru. Cada cervídeo, o psicopata-cervo. A fotografia aquece o coração. A relação Hannibal, Will e Abigail fez meu corpo arder e meus ossos sentirem uns aos outros...

escrevendo para mim

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