Meme da
claviculas e da
setemares.
Parte Um:
VOCÊ
1. Nome verdadeiro: Lorena de Carvalho Oliveira
2. Data de nascimento: 11 de Maio de 1987 *velha*
3. Pen- name: ultimamente parei de usar "nomes fictícios" e me acostumei com o meu mesmo. Uso "Lorena Miyuki" por vontade de associar as coisas a mim mesma, e não a mais um "personagem". Mas já usei outros, como Lolothi, ou só o Shimosaki.
- De onde surgiu? O Lolothi era um apelido que eu tinha quando tinha uns 12, 13 anos... Uma amiga me chamava assim e eu acabei me acostumando. O "Miyuki" apareceu porque era o nome japonês que eu mais gostava, e ainda gosto. Foi o nome também da primeira personagem totalmente minha que criei. Shimosaki é o sobrenome dela; o nome inteiro dessa personagem é Miyuki Hayase Shimosaki. Eu o inventei; não sei de onde nem com quê inspiração. Só o "Hayase" que sei que saiu do nome de uma desenhista antiiiiiiga que eu costumava ver e admirar quando mais nova.
- Ele possui algum significado especial? Talvez. Eu amo o nome "Miyuki". Tanto que, quando eu tiver como, vou colocá-lo no meu nome de verdade - ou, caso algum dia eu vá ter filhos, a menina com certeza terá esse nome no meio, mesmo por que o pai dela será um japonês.
4. Escreve desde quando? Pra falar a verdade eu escrevo desde novinha, mas não tenho uma memória vívida sobre isso, já que a maioria das minhas lembranças de quando eu morava no interior, em outra cidade, fiz questão de apagar... O registro físico mais antigo que eu tenho comigo hoje, e que eu me lembro perfeitamente de tê-lo feito, é dos anos de 1999/2000. É um caderno com uma história de onde surgiu a Miyuki.
- Consegue se lembrar o título e o enredo da primeira história que escreveu? Perfeitamente, como se fosse hoje. Lembro de todos os personagens e de toda a história: uma menina órfã que herdou uma pensão e um bichinho de estimação esquisito da avó. Daí mais pra frente ela descobre que esse bichinho é a encarnação de uma princesa de um reino "obscuro" e que ela tem que protegê-lo usando uma espécie de distintivo, que dava poderes "mágicos" à ela e a um garoto que a odiava. (sim, nada muito original, mas eu me divertia horrores contando essas aventurinhas). O título era "Liga".
5. Você se considera um criador de personagens ou de histórias? Por quê? Hoje em dia talvez eu só crie messsmo, mesmo personagens, mas na minha mente há um monte de histórias a serem desenvolvidas. Então, os dois.
Parte Dois:
ESCRITOS
1. Você escreve fanfictions ou apenas histórias originais?
Atualmente, só originais. [2]
- Se escreve também fanfictions, qual o seu fandom favorito?
Harry Potter [2]. Não consigo fazer nada de nenhum outro. Já fiz coisas de Katekyo Hitman Reborn! e já fiz um KaoruxHikaru, de Ouran Kouko Host Club, mas...
2. Você escreve à mão ou direto no computador/máquina-de-escrever? Por quê?
Hoje em dia só no computador. Ando escrevendo algumas cenas, tipo as cartas da 25cartas eu escrevo em um caderno, mas já usei até máquina de escrever, sim. Tenho uma velha da minha avó ainda guardada aqui, mas como as coisas andam muito rápido na minha cabeça, acho mais fácil escreve rno computador porque fica mais rápido acompanhá-la e editar depois, também.
3. Suas histórias possuem rascunhos ("resumos" de cada capítulo, por exemplo) ou são espontâneas?
Antes, sim. Hoje, não. Porque se eu faço "rascunhos", já começo a imaginar infinitas possibilidades pra cenas, personagens, e etc e fica impossível escrever tudo que eu quero e acabo ficando meio "louca". Mas tenho histórias com plots inteiros já feitos, tudo já "ajeitado", fruto da minha imaginação que não pára... A maioria delas, entretanto, não sai disso, do "rascunho". As que estão hoje concluídas, por incrível que pareça, foram feitas sem nenhum rascunho nem planejamento.
4. Que tipo de cena você acha ... escrever?
- Mais fácil: romances em geral; primeiro beijo, flertes, emoções desse tipo.
- Mais díficl: não sei, talvez reflexões. Como a maioria dos meus personagens passa pelo momento "será que eu sou?" (?) acaba se tornando desgastante algumas cenas/relfexões. Nem com sexo tenho tanto problema.
- Mais divertido: briguinhas de ciúmes e beijos delicados.
- Mais tedioso: nenhum, acho. Talvez, como disse, cenas de reflexões e/ou muito pesadas, que envolvam muitas pessoas, etc.
5. O que te dá inspiração?
Filmes, músicas, fotografias, livros... Quase tudo.
6. Que tipo de tema mais gosta de escrever? Por quê?
Fluflys e angsts. E incestos, com gêmeos. Sou cheia deles.
7. De todas as suas histórias, qual a sua favorita?
Sabe, não é justo fazer isso com escritores, massss.... Devo confessar que minhas histórias favoritas são Anistia e a Acidrain, nessa ordem.
8. E a que menos gosta?
Nenhuma, mas tem a St. Judet's School for Boys, que faz tanto sucesso e que, na minha visão de hoje, eu faria completamente diferente, já que ela foi escrita em meados de 2004/2005.
9. Qual a sua história mais...
- Triste? Não sei... Acidrain, talvez, Lonesome Hole.
- Feliz? Moonpie, as oneshots de Natal, a Fill This Night...
- Indecente? a inédita (interminada e interrompida) colaboração com a Cauana, Lover Boys, sem sombra de dúvida. E talvez Anistia.
- Romântica? Hm.. St. Judet's School for Boys, talvez.
- Fantasiosa? a série Day After Day e a Fabulous Tales - The Melody of a Life.
10. Conte-nos sobre seus próximos projetos!
Essa é difícil, porque projeto mesmo eu tenho poucos. Vontades e ideias eu tenho sobrando. Então vou citar minhas coisas paradas, por enquanto:
1. Lover Boys: colaboração com a Cauana (
imnotmalkovich), sobre um moleque descentende de asiáticos ditadores que conhece um gay porra-louca que revira sua vida totalmente. Comédia/drama/romance.
2. Day After Day: depois dos prólogos, o demônio relata suas experências no mundo humano e sua "vida" antes do apocalipse. Drama/ficção.
3. Skyline - We Belong Together: Skyline acabou passando para a lista de projetos, já que estanquei em um capítulo que não consigo desenvolver. História de um garoto rico apaixonado por velocidade que se descobre também apaixonado pelo melhor amigo pobre e que possui uma namorada pra lá de encrenqueira. Os dois acabam se envolvendo em meio a um perigoso círculo de corridas clandestinas e futuros incertos. Drama/romance/ação.
4. Projeto Party: Pequenas histórias de várioas personagens que contam suas aventuras pelas noites em festas das grandes metrópoles globais, regradas a muito álcool, drogas e aventuras. Ação/ficção/comédia/romance. NC-17 com todos os "poréns" que a classificação exige. Escrevi duas pequenas histórias somente, até hoje.
5. Capítulos e extras de fics/novels: tenho alguns extras em mente e segundos capítulos de oneshots que já concluí, como Moonpie e See of Tress (ambas possuem uma pequena continuação, inacabada infezlimente). Skyline tem extras e Anistia possui ainda outros extras, derivados da(s) história(s) principal(s). Considero projetos porque, mesmo sabendo das possibilidades, talvez eu nunca chegue a fazê-los, mas é uma vontade.
6. My Life is Music: história que conta a vida do protagonista da oneshot "
One Touch", a formação de sua banda até o episódio da faculdade, que é contado na oneshot. A banda e suas músicas são "trilha sonora" de outras oneshots, que envolvem os personagens desse projeto. É algo bem grande, e já tem boa parte andada, mas é tão complexa que tá parada, infelizmente. Drama/romance.
7. Estou escrevendo vários outros contos pequenos, cotidianos, sem muita "apelação (homos)sexual" nem nada.
Parte Três:
PERSONAGENS
1. Consegue se lembrar do primeiro personagem que criou?
Claro. Não foi a Miyuki, aquela do começo do questionário. Foi um chamado Leonardo. Ele não era pra ser um personagem, já que eu, desde criança, o fantasiei como meu irmão de verdade.
2. Quem é o seu favorito?
Tenho um gosto particular por dois personagens, que têm personalidades muito parecidas: o Victor, de Anistia, e o Andrew, de St. Judet's.
3. De onde você? tira ideias para seus personagens? De um lugar bem fundo da minha mente, onde tem espaço pra todos e muito mais.
4. Algum de seus personagens é um alter-ego seu? Eu criei o Juan como um alter-ego, e ele realmente o é, mas foi por vontade própria. Talvez os que mais se pareçam comigo, "involuntariamente", sejam o Michael de St. Judet's e o Garret, de Acidrain.
- Consegue calcular o quanto de você eles têm? Não, mas todos tem alguma coisinha, ou já viveram alguma coisa, nem que seja um segundo da minha própria vida. O Garret talvez seja o que tenha mais coisas em comum e em evidência.
5. De seus personagens, qual aquele que...
- Mataria alguém de uma forma incomum? o Erick (Anistia), com certeza.
- Seria estuprado? o Erick (Anistia), também. E o Michael (St. Judet's).
- Seria estrela de um filme de terror? O Garret (Acidrain), porque ele já viveu num, talvez.
- Seria estrela de um filme pornô? O Andrew (St. Judet's); "oferecido" demais. E o Erick (Anistia) por.. bom, por ser ele mesmo.
- Faria do mundo um lugar melhor? O Garret (Acidrain) também, pelo mesmo motivo que o citei anteriormente. E o Victor (Anistia).
- Teria um caso gay? O Samuel (Anistia), porque ele já teve e não ficou muito satisfeito com o resultado.
6. Quem é o mais...
- Bonito? A kiira elegeu o Alessandro (Anistia), e talvez acho que seja mesmo. Mas eu tenho uma visão bem bonita do que o Jay (Lover Boys) seria, e do que o Garret seria também.
- Feio? Nenhum, eu acho. [2] Mas muitos achariam o Victor "exótico", eu acho².
- Velho (idade na história)? No final de Anistia, os pais do Erick.
- Novo (idade na história)? Rin (7 anos), a irmã mais nova no conto de Natal "SantaDream". Eu acho.
- Rico? o Kenji (Lucky Number), afinal, ele ganhou na loteria.
- Pobre? Não sei... Talvez o Cael (Skyline).
- Tímido? Talvez o Tonny (Moonpie).
- Extrovertido? O Andrew (St. Judet's).
7. Você já criou um...
- Político? Se criei, ele morreu. [2] Mentira, o pai do Kevin (St. Judet's) é uma espécie de "político".
- Músico? Um flautista e outros pianistas escondidos nas mangas.
- Guerreiro? Soldado conta? [2] Afinal, o Blanke foi para a guerra em See of Trees.
- Médico? Sim. O irmão do Victor, Gabriel (Anistia), é um médico e [SPOILER] se psiquiátra contar, o Erick se tornou um, afinal.
- Assassino? Não diretamente.
- Padre? Não diretamente [2] (?). Eram coadjuvantes.
- Professor? Não diretamente [3] (?).
- Homossexual? Todos. Obviamente que não.
- Personagem que cometeu incesto, estupro ou algo do tipo? Difícil contar. Em Anistia temos os gêmeos Ethan e Zack, e nos contos de Natal, os também gêmeos Mikiti e Tomoki...
E estupro tem alguns em várias partes de vários contos, principalmente com o Garret em Acidrain.
8. O que é fácil escrever em um personagem?
Normalmente, a personalidade passada por cima; a atitude. [2] Momentos com pessoas que eles gostam.
- E dificil? Reflexões, momentos sozinhos.
9. Se alguém perguntar, você? poderia contar toda a vida de algum personagem seu?
Sim, e acho que de todos.
10. Qual deles você deseja que fosse real? Todos. O Andrew e o Victor. E todos os gêmeos que já criei na vida.
Parte Quatro:
Selecione um personagem seu: Victor.
1. Qual o seu nome? Possui algum signficado especial?
Não que eu me lembre. O nome só me pareceu compor bastante a figura que imaginei dele, desde o começo.
2. Em que local nasceu? Ele passa a história toda lá? Na cidade em que se passa a história, que não foi dita realmente qual é, só que é uma capital. E sim.
3. Qual sua primeira memória? Descreva-a. Na história talvez eu não tenha contado nenhuma, acho, mas a mais antiga é a da morte de seu pai. Acredito que ele a tenha contado em seu livro, então vou transcrever um trecho como se ele a estivesse narrando.
"Algumas coisas a gente faz questão de não lembrar; outras, entretanto, parecem tão difíceis de esquecer...
Era inverno, quase Natal. Nunca fui muito apegado à família nem nada, mas, como toda criança, adorava receber presentes. Quando eu tinha sete anos de idade, esperava ganhar uma bicicleta só porque meu irmão tinha uma e eu não podia (nem conseguia) andar na dele. Lembro-me de esperar pelo presente perto da árvore no dia 24 de dezembro e nada dele aparecer. Nem no dia 24, nem no 25, 26... O ano novo veio, e nada do meu presente. Perguntei à minha mãe, mas ela só contava alguma coisa para me distrair e me dava algum livrinho pra ler. Eu sempre gostei de ler, então acaba mesmo me esquecendo das outras coisas que queria.
Meu aniversário, em fevereiro, estava chegando e eu voltei a pensar na bicicleta. Todos os dias eu falava ao Gabriel, meu irão mais velho, que quando tivesse minha própria biclicleta ele não ia ter chances de me vencer em uma corrida. E foi assim até as vésperas dos meus oito anos. Lembro-me de, à noite, quando meu pai chegava em casa, ele e minha mãe discutirem sobre coisas que eu não entendia. Nem me lembro sobre o quê, mas era importante para ela que ele resolvêsse o assunto, interpretando a visão hoje. Na minha cabeça de criança, eles discutiam qual bicicleta comprar. Então, num dia ensolarado em que eu não precisaria ser pego na escola, pois podia normalmente pegar o ônibus escola que me deixava na porta de casa, mamãe veio me buscar. Ela estava pálida e sem forças. Não conversou comigo durante todo o caminho. Levou-me para casa, trocou minha roupa e me deixou com o Gabriel durante tempo tão grande que acabei dormindo nos braços dele. Quando acordei, estava em um hospital, ela estava chorando e Gabriel me fazia cafuné na nuca.
Meu pai trabalhava em uma agência bancária. Naquele dia um assalto havia acontecido e o usaram como refém. Anos depois fui saber que meu irmão também estava na cena, e que viu meu pai ser baleado três vezes em lugares distintos pelos assaltantes, sem poder fazer nada. Ele foi o primeiro a tentar socorrê-lo, mas o quê alguém poderia fazer naquela hora senão chamar uma ambulância? Hoje ele diz que foi um dos motivos por ter se tornado médico.
Não consegui minha bicicleta, afinal. Mas ganheir orgulho de ter o irmão que tenho; minha referência, já que meu pai teve de ir tão cedo."
4. Qual era seu brinquedo favorito quando criança? Ele ainda o guarda? Um bonequinho articulado genérico que ganhou do irmão num natal. Sim, ele guarda tudo o que ganha, especialmente esses bonequinhos.
5. Tem algum "par" na história ou é apaixonado por alguém? Quem? Sim, Erick.
6. Qual a comida favorita? Qualquer fast food, com muita batata frita.
- E a que menos gosta? Churrasco.
- Filme favorito? qualquer um que tenha vampiros no meio, mas nada de Twilight, de preferência bem antigo, como Lestat.
- Música favorita? Idioteque, do Radiohead.
7. O que o faz feliz? Ler revistinhas no quarto de Erick, com ele.
8. Ele possui algum talento/poder especial? Qual? Escrever, apesar dele só ter mostrado isso beeeeem mais pra frente.
9. Descreva-o fisicamente.
1,73m de altura, oscilando entre os 60kg, bem magro; cabelos negros, bem escuros, que cobrem totalmente as orelhas e chegam até o queixo, lisos e um pouco volumosos. Sem corte definido. Olhos verde-esmeralda um pouco estreitos; pele bastante clara, quase transparente. Rosto fino, queixo triangular, poucas bochechas e nariz fininho e "certinho". Lábios finos, menos carnudos, rosados. Mãos grandes para o tamanho do rosto, poucos pêlos nos braços e nas pernas. Nenhum pêlo nem no peito, nem no abdomen.
10. Agora descreva-o como se ele mesmo o estivesse fazendo:
(Victor com 17 anos, mais ou menos como ele próprio contou no seu livro, no final da história) Isso é muito clichê... Mas vamos lá. Victor, ou, se você quiser inventar mais um, qualquer apelido que me relacione com vampiros. Não me importo, sério mesmo. Até gosto. Eles são criaturas fantásticas, sabia? São fortes, inteligentes, esbeltos, astutos e capazes. Tudo o que alguém precisa pra ser feliz. Ah, mentira. Precisa de sexo também, mas isso não é difícil de se conseguir - nem se você é humano, nem vampiro. Enfim. Tenho dezessete, um irmão mais velho que é médico, moro com ele e minha mãe (meu pai faleceu quando eu tinha sete,oito anos), sou estudante colegial em uma escola de merda, cheia de gente idiota e etc. Minha vida é cheia desses clichês que todo adolescente tem, exceto, talvez, pelos meus segredos. Um deles é que sou... gay (queria dizer vampiro, mas infelizmente não dá). O outro é que, "acidentalmente", "tornei" um amigo gay também. E que sou apaixonado por ele desde novinho.
Tudo isso transformou o que já era uma merda (leia-se minha vida) em mais merda ainda (leia-se vida dos outros).
Parte Cinco:
Selecione uma de suas novels (finalizada ou não): vou pegar uma pequena pra ser mais fácil de responder Acidrain.
1. O título possui algum significado/relação com a história? Qual?
Claro, porue Garret comparou o próprio sofrimento a uma "chuva ácida".
2. Como a ideia surgiu?
Primeiro, obviamente, do da kiira, da
Lavanderia. Segundo, o enredo veio do filme que eu vi na mesma época, Wanted (O Procurado, em português; sim, aquele com a Angelina Jolie), do jogo Enzai e do anime/manga Ai no Kusabi.
3. De todos os personagens da história, qual é aquele que você gosta mais? Do Garret, por tudo, e do Túrin, porque ele é, quase que literalmente, a "luz no fim do túnel".
- E menos? Do Duren, só porque não consigui desenvolvê-lo bem.
4. Conte-nos mais sobre ela (personagens secundários, rumo, etc)!
Há muitos personagens em Acidrain que "não aparecem". É uma daquelas histórias que geram outras quinhentas. Há os nobres, que não foram especificados; há o "ele", que também não foi falado. Há a corte (que "julga"), que não foi apresentada, só mencionada. Há os mistérios: o nome do Túrin, o que houve com ele, quem colocou o Garret dentro da cidadela, quem eram os nobres, os porquês. Um monte deles. Adorei como coloquei as coisas bem diluídas. Foi gostoso escrevê-la, mas é uma história bem confusa, confesso. Se você não tiver um pouquinho de imaginação não conseguirá se "localizar", acho.
5. O que mais deu trabalho para escrever? As cenas das lutas. Na minha cabeça estava tudo muito claro, mas colocar "ação" no "papel" foi difícil.
6. Você consegue imaginar uma trilha sonora para a história? Transcreva os títulos das músicas: Sim, ela existe. Eu não conseguiria imaginar a história sem ela, e hoje não consigo escutar as músicas sem lembrar dela.
7. Transcreva o primeiro parágrafo da história:
"Todas as vidas para mim não têm sentido. Todos os gestos são falsos, assim como todos os desejos são instintos. Os instintos são incontroláveis e desprovidos de emoção. Não há nada que faça o ser humano sentir desejo senão por instinto. Sentimentos nos tornam fracos e vulneráveis. Não são necessários para que alcancemos o que almejamos; basta seguir nossos instintos."
8. Qual o seu diálogo favorito? Transcreva-o.
"-Pelo quê você luta, Garret? - ele se aproximou de mim, estendendo a mão com os dedos fechados. Era um cumprimento que ele mesmo tinha me passado. Era a maneira que tinhamos de nos identificarmos. E agora era a maneira que tínhamos de nos despedir; porque ambos sabiam que um de nós ia ter que sair ou morto ou, de algum modo, bastante machucado dali. Tínhamos certeza que íamos nos ferir, pelo menos internamente.
-Não sei. - respondi, sincero.
-Então é melhor achar uma razão. Porque lutar por lutar não te leva a lugar algum. - bati com minha mão fechada na dele. Duren passou as costas dos dedos do nariz, esfregando-o. Seus olhos estavam mais vermelhos que o normal. - E você vai achar essa razão aqui, hoje. Se não for por você, vai ser por mim.
[...]
A raiva tinha se dissipado quase que por completo.
-Porque você luta? - bradei, antes que ele me desse outro golpe certeiro. Não me atrevi a revidar. Não era isso que eu queria. Apesar de tê-lo conhecido naquelas circunstâncias, Duren era o único em quem eu podia confiar.
-Por uma coisa que eu já perdi. - ele disse, ainda investindo contra mim. - E que você também está perdendo. Então trate de se lembrar qual é a sua razão!
Meus olhos arderam e embaçaram quando ele lançou contra mim um punhado de areia, guardada na mão. Truques sujos que o próprio tinha me ensinado a usar nas batalhas. Eu continuava sem entender. Não conseguia pensar.
[...]
Cansado de me debater, parei ao centro, reuni todas as forças que tinha no pulmão e berrei o mais alto que consegui.
-EU NÃO VOU LUTAR CONTRA ELE!
Duren parou de correr atrás de mim. O salão ficou num completo silêncio durante alguns longos minutos. A única coisa que eu ouvia era a minha própria respiração, martelando na minha cabeça.
De repente, um estrondo estranho e perto. Bastante perto.
[...]
-A vida, Garret... - ele sussurrou, entre uma tosse e outra. - Não esquece... Que você ainda é vivo! A liberdade!
Tentei fazê-lo parar de falar. Mesmo que fosse extremamente importante, não conseguiria guardar as palavras naquele momento. Ou pelo menos era isso que pensava... Mas Duren continuou, vendo o ferimento se abrir mais. A bala tinha lhe feito um estrago enorme.
-Não deixe o ódio te consumir por completo, senão... vai acabar igual a mim. Liberdade...
Então, essas foram as últimas palavras que ouvi da boca dele."
Capítulo 2: Acidrain 02, Tempestade.
Diálogo entre Garret e Duren.
9. Você planeja/ela tem um final triste ou feliz?
Depende da forma que você a história. [2]
Mas eu considero o final como "feliz".
10. Finalize transcrevendo sua cena favorita:
"Prendi a respiração um pouco até conseguir ver o topo da cabeça do homem que subia. Ao se mostrar por completo, vi traços finos e delicados emoldurarem um rosto pálido. Os cabelos loiros compridos, escorridos e presos de uma maneira antiga e nobre. Minha visão foi capturada por ele durante alguns instantes até que seus olhos, que possuíam a cor daquele mar mais límpido imaginável, se chocaram com os meus.
Meus cabelos estavam relativamente grandes. Não nos deixavam cortá-lo; só uma vez a cada ano. Eles esconderam parte da minha inação, pois foram os únicos que se mexeram com o vento durante vários minutos. Quando dei por mim da situação, joguei meu corpo para frente, batendo meus joelhos e as palmas das mãos com força no chão. Fechei os olhos, temendo uma repreensiva fatal.
Todavia, ela não veio.
Os passos foram retomados em minha direção. Vi os sapatos lustrosos daquele belo homem pararem diante do meu nariz. Sua voz, delicada e melodiosa, me espantou com as palavras que disse.
-Levante-se e olhe para mim de novo.
Meio receoso, fiz o que ele mandou. Nós dois possuíamos a mesma altura, de modo que ficamos nos fitando por algum tempo que não soube contar, de uma maneira um pouco constrangedora. Quando ele piscou e deu as costas, deixou as últimas palavras no ar:
-Não precisa se ajoelhar mais diante de mim."
Primeiro encontro entre Túrin e Garret, também do capítulo dois. É uma das cenas que eu mais fantasiei (?) escrevendo.
Sabe, eu realmente amo falar dos meus escritos.