Mar 31, 2010 18:31
'Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha.' E mais uma vez, Caio F. acerta. Ele consegue por em palavras o que eu sinto. Ele consegue dizer as coisas boas, e as ruins. Tudo que eu tenho enche de erva daninha. Tudo que eu sinto se esgota, acaba, morre. Um dia eu ouvi da minha mãe, que eu nunca ia ser a pessoa mais importante pra ninguém. E um dia você reiterou isso. Com minha mania estúpida de me preocupar com as pessoas, de querer todo mundo bem, de sofrer a dor dos outros, de gostar do afeto dos outros, de achar bonito os sentimentos bons que as pessoas tem, esse espirito materno infernal, que talvez nunca me sirva de nada, que só me faz querer cuidar das pessoas, e da forma mais estúpida: me metendo na vida delas. O que faz com que elas me detestem, faz com que elas se afastem de mim, achem que eu me sinto melhor que elas. Ideias erradas, interpretações erradas, eu sou sempre a errada, a que vê coisa onde não tem, a que se magoa fácil, os defeitos são meus. Ela também tinha defeitos. Quando vocês estavam juntos, ela só tinha defeitos. Agora, a cada oportunidade é um elogio. A cada oportunidade é uma defesa, é uma proteção, uma mágoa a menos. Eu que aceite. Eu que aceite. Eu que aceite.
O pior é me sentir mal, por concordar em estar errada, por achar que eu sobro, por acreditar realmente que atrapalho, e que na maior parte do tempo seria melhor não estar junto. Seria melhor superar. Melhor pra você, não pra mim. É um mal, sempre em segundo plano. Sempre. Sempre. Sempre. Pra quem quer que seja. Porque eu entendo, porque eu perdoo, porque você me ama e está é comigo. Então tudo bem, tudo, tudo bem. Entende, aceita, shiu. Que é só mais erva daninha pro meu jardim.