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Fic: Days ‘After’ You Came - 03
Autora:
molkitaBeta: Ninguém! D: Então, desde já, vão desculpando os erros.
Fandom: Placebo
Par: Nenhum nesse capítulo.
Classificação: PG-13 (pela temática, slash e uma ou outra palavra inapropriada)
Sobre a fic: Seqüência da fic
Days Before You Came (é melhor lê-la antes de começar essa aqui), fala sobre a formação e início da banda.
Nota: Essa fic ainda está incompleta (escrevi-a há anos e até hoje não consegui a terminar - perdi dois capítulos que não havia postado em um backup e acabei ficando sem ânimo e inspiração para reescreve-los), mas como ando em Placebo!mood esses dias vou ver se consigo continuá-la, até o momento a fic conta com 20 capítulos, então já é bem grandinha. Resolvi escrever essa fic no ápice de meu vício pela banda, nada do que escrevi é real, mas tudo está bem embasado nos relatos e entrevistas que li. Usei todos os meus conhecimentos sobre os meninos para escrever isso! xD Não conheço os moços da banda, não estou ganhando dinheiro com essa fic e nada disso aconteceu de verdade (Se bem que de certa forma aconteceu sim! O.o Só não foi exatamente assim como descrevi! xD). Postei essa fic originalmente no fórum brasileiro do Placebo.
Days ‘After’ You Came - 03
“Chegamos.” Stefan sorriu e empurrou a porta, abrindo-a por inteiro.
“Com licença.” Brian falou baixinho entrando no apartamento.
O sol da tarde cobria toda a extensão do amplo cômodo, brilhando com intensidade principalmente através das estatuetas de vidro que estavam sobre a mesa de centro.
“Como você é organizado!” Brian virou-se para encarar Stefan. “Não lembro da última vez que vi o apartamento de um homem que mora sozinho tão bem arrumado.”
“Eu faço o que posso.” Stefan disse sorrindo, agradecendo mentalmente por Brian ter notado os resultados de seu esforço. Não perdi a manhã inteira dando uma geral no apartamento por nada, afinal de contas! Pensou. “Fique à vontade. Sinta-se em casa.” Declarou antes de seguir para a cozinha.
Tão educado! O menor dos rapazes pensou e sentou-se no enorme sofá que ficava no centro da sala. A vida era mesmo imprevisível... Brian Molko, na casa de Stefan Olsdal! Sorriu. Mas ele não poderia ter recusado ao convite, poderia? Stefan estava tão eufórico no backstage após o show! Estava radiante, tinha realmente gostado da apresentação. E as palavras que ele havia usado para demonstrar que tinha apreciado a performance de Brian causavam arrepios até agora, ‘Eu preciso fazer algo com você! Precisamos fazer algo juntos, eu sei disso!’. Será que tinha sido a convicção misturada com a ansiedade que tinham feito a frase soar tanto como uma proposta indecente? Ou teria sido o tom de voz que ele usou? Se a frase não tivesse vindo de Stefan, ele poderia jurar que aquele brilho todo nos olhos do outro não era só de animação pelo show... Mas por Brian também.
Stefan retornou com uma caixa em mãos. “Gosta de chocolates?”
“Pode apostar!” Exclamou sorrindo.
Stefan seguiu e sentou-se ao lado dele no sofá, abrindo a caixa.
“Obrigado.” Brian falou pegando um dos bombons da caixa, oferecidos por Stefan.
“Seu sofá ocupa maior parte da sala.” Não pôde evitar o comentário.
Stefan gargalhou. “É verdade, mas de outra forma eu não poderia dormir aqui enquanto assisto TV.”
Brian riu ainda mais alto após o comentário de Stefan. “Eu particularmente não tenho esse tipo de problema... Deu para perceber, né?”
“Deu sim.” Stefan sorriu encostando sua perna à de Brian, tornando assim mais aparente a absurda diferença de altura entre os dois.
Brian sobressaltou os olhos, percebendo a sua ‘desvantagem-de-perna’. “Cara, você é enorme!”
“Nem tanto assim. Você também não colabora, desse tamanhinho...”
“Ah, eu não sou tão pequeno assim.” Declarou. “Eu tenho o tamanho ideal.”
“Tudo depende de seu conceito de ideal. É verdade que para uma garota esse tamanho estaria okay.” Stefan completou em to maldoso.
“Mas eu não sou uma garota e mesmo assim não vejo problema em meu tamanho... Bem, talvez só um pouquinho.” Terminou a frase com tom de desânimo.
“Ah, não fique assim, eu também não vejo problema em seu tamanho, acho que combina bem com esse rostinho de bebê que você tem.” Tinha mesmo dito aquilo? Stefan sentiu suas bochechas corarem e começou a encarar o chão.
“Espero que com isso você não esteja tirando uma com minha cara.” Brian ameaçou com os olhos semicerrados.
“Não!” Stefan encarou-o e logo em seguida engoliu em seco. “Estou sendo sincero.”
Brian sorriu. “Nunca pensei que fosse ouvir isso justo de você.”
Stefan engoliu fortemente. “E por que não?” Sequer sabia de onde estava tirando coragem para falar aquelas coisas. Geralmente preferia ficar calado...
“Ah, homofóbico como você era na escola! Não esperava te ouvir falando algo assim para homem nenhum, na verdade.”
“Eu nunca fui homofóbico.”
“Mas para mim é difícil de acreditar.” Brian declarou sério. “Na escola eu era bem mais conhecido como ‘Florzinha’ (N.A.: Nancy Boy! :D) do que como Brian, tudo graças à ganguezinha do basquete da qual você fazia parte.”
“Eu sei... todos os meus amigos tinham tendências homofóbicas, mas eu nunca fui assim, pode ter certeza.”
Brian sorriu de forma zombeteira. “Posso ter certeza?”
“Pode.” Stefan olhou Brian nos olhos. “Bem, mas não foi exatamente para conversar sobre isso que eu te trouxe ao meu apartamento, não é?”
“Correto. Onde estão suas músicas?”
~x~
O quarto de Stefan tinha a parede completamente decorada por pôsteres de bandas variadas, os dois maiores eram do ‘Iron Maiden’ e ‘ABBA’. Uma combinação intrigante aos olhos de Brian. Não deixando de ser interessante.
“Nunca pensei que você gostasse de ‘ABBA’.”
“É uma de minhas bandas favoritas.” Stefan falava sem parar de abrir as gavetas de seu guarda-roupas, procurando por suas partituras. “Tenho certeza de que havia deixado aqui...”
Não demorou até que os olhos de Brian pousassem sobre o baixo guardado em uma das muitas prateleiras. “Posso ver?” Ele perguntou apontando na direção do instrumento.
“Claro.” Stefan declarou depois de observar a direção indicada.
Brian seguiu sem retirar os olhos do baixo, era lindo. Deve ter sido caro... Estendeu as mãos para pegá-lo e-
“Droga.”
Ao ouvir o murmúrio, Stefan olhou de soslaio para o seu visitante e quão hilária não foi a visão que teve: Molko estendia seus braços de forma desamparada, tentando alcançar o baixo que estava em uma das prateleiras altas... Altas demais para Brian.
Ele engoliu as gargalhadas e seguiu na direção do outro.
Ao ouvir os passos se aproximando, Brian olhou para trás e declarou meio sem graça: “Acho que preciso de uma escada.”
Stefan mostrou um sorriso para ele e pegou o baixo. “Aqui.” Disse colocando o instrumento nas mãos do garoto e novamente teve que se esforçar para não rir, o baixo parecia gigantesco para as formas pequenas de Brian. “Não consigo encontrar as partituras que fiz, mas vou tocar algumas de minhas músicas, acho que mesmo só ouvindo você terá mais ou menos noção do que eu toco.”
~x~
Brian permaneceu alguns segundos em choque, boca suspensa, olhos sobressaltados encarando as mãos de Stefan, que ainda pressionavam as cordas do baixo. Finalmente ele respirou fundo e olhou nos olhos do outro. “Wow!” Foi tudo o que conseguiu dizem em meio ao seu estonteamento.
Stefan sorriu completamente sem graça. “Gostou?”
“Tá brincando?! Já deu para ter a certeza de que você nasceu pra tocar!” Falou em meio a um enorme sorriso. “Nunca pensei que algum dia fosse dizer isso para algum dos retardados da escola, mas você tem muito talento, Stefan!”
O rapaz mais alto corou. “Acho que devo agradecer pelos elogios... exceto pela parte do ‘retardado da escola’...”
Brian gargalhou. “Aw, vamos! Eu não falei para ofender, mas é como eu disse, a imagem que eu tive a seu respeito por grande parte de minha vida não pode sumir de uma hora para outra.” Respirou fundo. “Você é completamente diferente do que eu imaginava... É tão interessante...” No instante em que deixou as palavras escaparem, puniu-se mentalmente. O que ele estava fazendo? A qualquer momento agora o outro garoto poderia irritar-se e ficar ofendido, pensando que Brian estava flertando com ele. Mas ele não estava. Estava?
Stefan sentiu seu rosto inteiro se aquecer. Estava lisonjeado. “Então, já que aparentemente você me perdoou por não ter te ajudado nos tempos de escola e também gostou de meu estilo, eu queria te fazer uma proposta.”
“Não me diga que você vai me pedir em casamento! Isso é algo que não pode ser decidido de forma tão súbita, Stefan!” Brian falou em tom brincalhão, mas percebeu que seu comentário só havia aumentado o rubor que tinha se instalado nas bochechas do mais alto.
“Não é bem isso, mas para mim é algo tão sério quanto,” Stefan declarou com um sorriso sem jeito. “Você não gostaria de formar uma banda comigo, Molko?” Respirou fundo. “Ouça, sei que você já tem a sua banda, mas você mesmo me disse que eles são muito diferentes de você e, puxa, não sei se estou enganado, mas acho que temos muito em comum, e olha que ainda conhecemos tão pouco a respeito um do outro...” Reuniu toda a sua coragem e fitou com sinceridade os enormes olhos azuis de Brian. “Eu nunca ouvi uma voz tão interessante quanto a sua. E o melhor é que você canta tão bem quanto toca guitarra... Você é o que faltava para que eu pudesse confiar que um dia vou poder ter reconhecimento no mundo musical. Por favor, Brian, diga sim, não sei se você sente o mesmo, mas é óbvio pra mim que precisamos fazer algo juntos.”
Brian permaneceu sério. Por dentro ele estava gritando ‘Sim! Sim!’, afinal Stefan era muito talentoso e parecia ter as mesmas pretensões que ele tinha, queria tocar o tipo de música que ele gostava e não apenas o que os outros queriam ouvir... Porém, não conseguia deixar de pensar que Stefan ainda não conhecia praticamente nada a seu respeito, ficava imaginando o quanto o outro mudaria se soubesse mais sobre sua opção sexual, por exemplo. “Você não fica chateado se eu disser que preciso pensar melhor na proposta?”
Stefan sorriu. “Desde que você me prometa que realmente vai pensar.”
Brian sorriu com maldade. “Juro que pensarei com mais carinho se você me der outro chocolate daqueles.”
“Agora mesmo!” Stefan pegou a caixa de bombons de chocolate.
~x~
O vidro estava frio, frio demais para falar a verdade, chegava a arder em suas mãos e na parte de sua testa que estava recostada na janela, mas ele simplesmente não conseguia se afastar dali. O apartamento de Stefan era em um andar bem mais alto do que o dele, consequentemente, a vista de lá era bem mais bonita.
“Tantas luzes... Londres é tão linda à noite...”
“É, às vezes acho que as pessoas daqui trocam os horários, durante a noite as ruas estão sempre movimentadas.”
O menor dos garotos olhou de soslaio para o outro. “Aqui é bem diferente de Luxemburgo, aquele lugarzinho atrasado. Os moradores de lá são um bando de conservadores preconceituosos.”
“E pensar que morávamos lá.” Stefan sequer tirou os olhos do céu negro. Ele realmente não se sentia bem falando dos tempos em Luxemburgo, a vida não havia sido nada fácil por lá. Um pensamento cruzou sua mente de forma dolorosa, se havia sido difícil para ele, imagine para Brian, com certeza ele teve que lidar com os mesmos conflitos pelos quais Stefan passou e isso tudo em meio a todo o ódio que era lançado contra ele pela maioria das pessoas da escola... Sempre fora tão criticado, tão recriminado e excluído. Stefan se sentiu culpado pela primeira vez desde que encontrou Brian novamente, ele realmente poderia ter ajudado, não poderia? Mas preferiu usar a máscara, o disfarce que permitiu que ele ficasse em segurança por tanto tempo, sendo popular sem sequer poder mostrar seu real eu. E pensar que Brian talvez fosse a pessoa que mais se parecia com ele naquele lugar...
“Brian,”
O garoto saiu de seu transe, parou de olhar para a janela, agora seus olhos estavam voltados para um Stefan que aparentava estar extremamente nervoso. “Sim?”
A frase veio, mas Stefan lutou com todas as suas forças para não deixar que ela fosse externada. Ele pretendia mesmo dizer aquilo? Ele só podia estar louco!
“Sim?” Brian repetiu parecendo confuso.
“Eu acho que... eu sou... sou gay.” Falou e de imediato fechou os olhos com força, esperando pelo pior.
O queixo de Brian caiu.
Stefan abriu os olhos muito lentamente e não se surpreendeu ao ver a expressão do outro. Piscou os olhos rapidamente, confuso, ansioso, aguardando alguma resposta.
Brian respirou fundo, pôs uma mecha de seu cabelo negro atrás da orelha e só então olhou nos olhos de Stefan, esse percebeu, ainda mais confuso, que um enorme sorriso curvou lentamente os belos lábios do mais baixo.
“Ótimo. Eu sou bissexual.” Brian declarou enfim, em tom ligeiramente nocivo.
~x~
“E por isso você vai dar um chute na bunda de meus amigos e montar uma banda com esse cara que você odiava?”
“Aw, Beanie, não comece com seus ciúmes, você sabe muito bem que nunca daria certo com esses seus amigos, eles são o meu oposto e você disse certo, ‘odiava’, isso foi antes de conhecê-lo de verdade, ele é um doce de pessoa, sabia?”
Steve fez careta. “Pelo amor de Deus, Molks, não vá se apaixonar novamente. Estou cansado de te ver se dando mal por causa de seus envolvimentos, você não merece sofrer tanto, sabia?”
“Stevie, eu não estou me apaixonando, estou apenas formando uma banda... você sabe muito bem que estou evitando me envolver com homens até estar completamente curado de minhas paranóias.”
“Assim espero.” Declarou erguendo uma sobrancelha.
~x~
“E vamos ser só nós dois?”
“Bem... ainda não sei, Steve disse que pode nos dar uma mãozinha de início.”
“Steve?”
“É, Steven Hewitt, aquele cara com quem você deu de cara quando estava saindo de meu apartamento outro dia.”
“Sei...” Stefan falou com ar pensativo.
~x~
“Bri?” Ele bateu mais uma vez na porta. “Brian?” Será que ele não está em casa? Mas eles haviam marcado o ensaio para as duas da tarde e já eram duas e quinze. O que será que aconteceu?
Stefan olhou para as duas extremidades do corredor, não havia ninguém por lá, ninguém que pudesse lhe dar uma informação, então ele olhou para o tapete na frente da porta, se Brian não estivesse em casa ele sabia que a chave estaria ali. O próprio Molko havia falado que faria isso para evitar que acontecesse outro incidente como o que havia acontecido semana passada: Brian esqueceu que tinha marcado de encontrar-se com Stefan e saiu para fazer ‘umas comprinhas’. Olsdal esperou por mais de uma hora, chegou até a ficar chateado, mas bastou ver o semblante culpado e preocupado do outro para que toda a raiva se esvaísse... Cada dia que passava Stefan notava que se tornava mais maleável com Brian e isso, em sua concepção, não era algo bom. Mas era inevitável, Molko era no mínimo encantador, tão inteligente, engraçado e carinhoso!
Stefan suspirou. Além disso, continuou pensando enquanto erguia o tapete e pegava a chave, ele é o primeiro amigo para quem eu não finjo ser outra pessoa, pra falar a verdade é o meu único amigo aqui em Londres, todos os meus amigos ficaram na Suécia.
Abriu a porta e sem mais cerimônia entrou no pequeno apartamento, só então percebeu que música emanava de um dos cômodos, ele ficou quieto e ouviu com atenção, tentando identificar de onde vinha a melodia. Lentamente, seguiu em direção ao quarto e não demorou a perceber que a cada passo que dava ouvia o som de forma mais nítida. Estava indo à direção certa.
Entrou no quarto e sorriu ao ver uma pessoa deitada no centro da cama de casal, um cobertor cobrindo-lhe o corpo, apenas alguns fios negros de cabelo à amostra.
Realmente, estava muito frio, a chuva havia se instalado no céu de Londres desde o nascimento do sol esta manhã, e Brian já havia dito que odiava dias chuvosos e frios, ‘sempre me deixam melancólico...’.
Bem, Stefan concluiu aproximando-se da cama, essa música francesa extremamente dramática não contribui muito para alegrar o clima... Ajoelhou-se ao lado da cama e ergueu lentamente a parte do cobertor que cobria o rosto de Brian.
“Bri?” Chamou em um sussurro, mas soube no mesmo instante que não obteria resposta, Brian estava dormindo e não dava sinais de que acordaria tão cedo.
Stefan acariciou quase que involuntariamente a mão de Brian e surpreendeu-se ao perceber quão fria ela estava, um cobertor só não parecia ser o suficiente. Tomando a liberdade de abrir algumas das portas do armário do outro, Stefan encontrou o local onde eram guardados os cobertores e pegou o mais grosso que encontrou; um edredom com um enorme coração coberto por glitter no centro. Brian definitivamente tem uma queda por coisas glamurosas, pensou.
Depois de certificar-se de que seu amigo estava bem aquecido, Stefan seguiu para a sala e ligou a TV, talvez se desse um tempinho Brian acordasse e então eles poderiam ensaiar. Porém, depois de quase morrer de tédio assistindo a seriados chatos e propagandas que de graça não tinham nada, Stefan chegou à conclusão de que Brian demoraria a acordaria. Foi checar o amigo mais uma vez, ele ainda estava adormecido, respirando tranqüila e compassadamente.
Tocou de leve a mão do outro e sorriu satisfeito ao perceber que ela estava bem mais quente. Na verdade, ele até ficou com inveja de Brian, ali todo quentinho, dormindo, enquanto ele teria que pegar metrô na chuva, no frio, para poder chegar em casa. E se Brian acordar e pensar que não vim ao ensaio? Talvez fosse melhor ficar mais um pouco... Só até o Brian acordar, ele não vai dormir direto até amanhã de manhã, vai? Ainda são três da tarde...
Começou a tirar o tênis. “Só espero que ele não se incomode.” Sussurrou para si mesmo e sentou-se cuidadosamente na cama. “Espero também que ele não pense nada errado sobre mim... Mas é que assistir aquele seriado chato me deu sono e aqui só tem essa cama... No sofá não dá para deitar e, além disso... Aqui está bem mais quentinho.” Deitou-se na cama com a cabeça no sentido contrario a de Brian e cobriu-se também com o edredom.
Quando já estava começando a cochilar, Stefan sentiu o braço e a perna de Brian sendo colocados em volta dele. Abriu um pouco os olhos sonolentos e pensou em checar para ver se o outro havia acordado, mas já estava cansado demais para isso, fechou novamente os olhos e sem saber ao certo por que, curvou-se e plantou um beijo rápido nos dedos dos pés de Brian antes de deixar-se envolver completamente pelo sono.
Continua...