Meus posts estão muito constantes não? XD~
Mas dessa vez é pra postar umas poesias com as quais me identifiquei bastante...
Esse é de uma poeta chamada Hilda Hilst, de Cantares (acho...):
Isso de mim que anseia despedida
(para perpetuar o que está sendo)
Não tem nome de amor. Nem é celeste
Ou terreno. Isso de mim é marulhoso
E tenro. Dançarino também. Isso de mim
É novo: Como quem come o que nada contém.
A impossível oquidão de um ovo.
Como se um tigre
Reversivo,
Veemente de seu avesso
Cantasse mansamente.
Não tem nome de amor. Nem se parece a mim.
Como pode ser isso? Ser tenro, marulhoso
Dançarino e novo, ter nome de ninguém
E preferir ausência e desconforto
Para guardar no eterno o coração do outro.
Pra falar a verdade eu me identifiquei mais com as duas últimas estrofes... ^^ Mas tá aí o poema é bonito com um todo, afinal...
Tem mais esse aqui, que eu não lembro de quem é.... XD:
Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que speranças me mantenho!
vede que perigosas seguranças
que não temo contrastes nem mudanças
andando em bravo mas, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esparança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde
vem não sei como e dói não sei por quê.
^~ achei ambos bonitos...
XAU XAU!!! °3°