Ai que saudades de boas telenovelas.

Apr 20, 2010 01:43


Este é o mote para uma noite surreal em Madrid: cerveja minada!




Pois bem, depois da bela inauguração da associação cultural da Maria (que dá pelo nome de Ártese Quien Pueda, para @s curios@s) no espaço da El Beso, com direito a declamação de poesia, cantautor e a não menos importante vinhaça e queijo à pala, lá fomos feitos pelintras (ou não estivessem os portugueses em igualdade de número no grupo!) para o Boñar beber barato e comer... novamente à pala! Vá lá que o Sábado parece-me ser o melhor dia, isto é, em que cozinham para o resto da semana, portanto ainda está tudo fresco e sempre se salvaguarda o nosso sistema digestivo de alguma forma.



A comitiva portuguesa, constituída pelo Assis, Anita e Vânia, e com a Maria ali ao fundo a equilibrar as coisas.



E a comitiva espanhola, ou nem tanto, com a Vannia, Júlio, eu e aquela tipa louca e divertidíssima cujo nome, infelizmente, não recordo!

À saída do Boñar, já se notam os efeitos das canecas a 3€ - pechincha aqui para Madrid, para quem ainda não se tenha apercebido!



A moça koala, como lhe apelidou a Nuria.



Vannia, amiga dos pobres e oprimidos, dá de beber à cauteleira cá do burgo.



A mulher non-stop, numa das várias demonstrações de amor que nos iria proporcionar nessa noite.

Depois do regabofe callejero, e de eu não deixar ninguém sugerir um local, aí fomos de romaria ao que já começa a ser um clássico: o In Dreams. Cof. cof.
E o que é que lá se faz?



Pois, entre outras coisas que não vou mencionar, bebe-se. Aqui em versão de desporto sincronizado, no qual eu e a Vannia estamos a tentar entrar para a equipa olímpica.



... Ou em competição individual, como demonstra o Julio aqui o seu habitual treino nocturno.





... Errr, também se dança e canta, ou que raio estava eu e o Julio a fazer :s





...  Multiplicam-se as demonstrações de amor...
(hey, já sei o que é que estão a pensar, mas não, as demonstrações de amor ainda não me atingiram a mim e ao dito cujo)







... Tiram-se fotos de grupo - porque em Espanha há que ser espanhol, logo há que tirar dez mil fotografias quando se sai à noite - umas mais óbvias...





... outras mais tipo sniper-paparazzi.

E sacam-se igualmente fotos fritas-bonitas, como estas








E este foi o fim da noite fotográfica, porque depois ficou tudo demasiadamente louco.
Louco e do emo, tendo eu começado a filmar porque não conseguia ligar para o Cajé, e porque ele já me tinha enviado sms e telefonado e eu não tinha atendido, e que agora ia ficar a pensar que eu não queria nada com ele, e blablabla, já estão a imaginar. Vem por um lado a Vannia, igualmente bêbeda, a tentar meter-me juízo na cabeça e acalmar-me, enquanto a Anita e a Nuria, sem eu dar por ela, atacavam na frente-Frank.
Entretanto, junta-se a nós um grupo enorme de australianos/canadianos/whatever, que não faço a menor ideia de onde vieram :S

«Então e agora?»
Pá, agora como somos bué limitados (ou Madrid é que é), vamos tentar a sorte no Wurli.
«'Bora, que o E. já lá vai ter.»
Errr, ya fixe, mas... quem é o E.??»
«O E. é o Frank!!!»

Estamos já todos feitos excursão a descer a Fuencarral quando me liga o Cajé. PÁRA TUDO. Ok, ninguém parou, só eu mesmo.
«Cajéeeeeeeeeeee, onde é que estás??  Eu vou ter contigo, tu diz-me onde é que estás!!» - se não foi assim, é assim que eu imagino que foi... O Cajé já ia a entrar p'o Nasti, a pensar que eu tinha cagado de alto para ele. «Não Cajé, tu não entres nesse antro de modernos, tu és bué giro, logo tens é de estar comigo! Eu vou-te aí buscar JÁ. Don't move!»
Assim foi, ninguém se apercebeu que entretanto eu já não estava a descer a Fuencarral, mas a caminho... epá, a caminho do sítio onde me encontrei com o Cajé que já nem me consigo lembrar qual foi :s Os dois feitos chungas, com cara de cães abandonados, e lata de cerveja do chino na mão. Foi um momento romântico que, infelizmente, a memória não me vai permitir lembrar para sempre.
«Cajé, 'bora po Wurli que estão à nossa espera, e deixemo-nos de telenovelas».

Chegámos e ainda estava tudo na fila à espera para entrar. Como já era um bocado para o tarde, e nós éramos mais que a selecção nacional de futebol, o mongo da porta (quase pior que o Dartacão do Incógnito) começa a espingardar connosco. Eu não sei, não me lembro de nada, foi o que me contaram. Alguém me vai chamar e me leva até ao porteiro e dizem:
«Joana, tu tás na lista, não tás?» (diz que sim, tu passas a vida em concertos aqui, diz que sim)
Ahn, eu?, na lista? Não, claro que não!, desde quando?
Pronto, não entramos. A Nuria completamente fora de si, lembra-se do episódio do concerto de Radio Moscow e desata aos berros:
«Pois, aqui só entra com broches, já conheço muito bem essa história, isto é uma merda, vamos embora!!»
Vamos , não vamos, que fazemos?...
Hey pessoal, 'bora tudo para minha casa!!!, grito eu :D
Errr, eu acabei de dizer isto??, espera, somos uns 15, a minha casa tem 30 m2, humm, se calhar não é boa ideia... Too late, já estavam os australianos a comprar cervejas aos chinos para levar, a Nuria e a Anita a dar a morada de minha casa ao Frank para ele ir lá ter, surreal, totalmente fora de mão.

Já em minha casa, só gente a ligar. Parzinhos fechados na wc (cof cof, vocês sabem quem são :P), parzinhos a bazar mais cedo (e com a pressa toda, a esquecerem-se do telemóvel na minha mesa, não é? :P), @s australian@s super emo impressionad@s com a nossa simpatia e hospitalidade... E o Cajé a dizer que tá mal disposto e a ser o primeiro a aparrar, ahahah!
O Frank felizmente não apareceu. Digamos que não seria o momento mais oportuno, pois. Só ligou e enviou mensagens para a Nuria já de manhã, ao que ela envergonhada nem respondeu.

Confusão, mas muita diversão e excelente companhia.
Ainda assim, o Assis diz que eu tenho de rever os meus padrões de referência. É possível. Pelo menos vou ver se recupero o meu antigo sarcasmo com as influências dele e volto a acordar para a vida :)

fotos

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