Bittersweet Chap. 2

Mar 06, 2013 18:26

 Após o jantar, Bruce convida o doutor para um tour pela mansão.  Mal ele sabia que Jonathan observava tudo com muita atenção, sabendo que cada objeto e mobília da casa valiam no mínimo milhões de dólares, mas por incrível que pareça, não sentia aquele forte impulso de se apropriar das coisas do anfitrião, na verdade estava muito mais interessado em passar um tempo com Bruce.

“Essa é a segunda sala de estar.” - Bruce disse, indicando a sala à esquerda.

“Interessante. É uma mansão singular, Bruce. Vejo que é um homem de muito bom gosto.”

“Bem”... Cada excêntrico tem seus hobbies. - O anfitrião sorri de canto, seguindo em frente pelo corredor.

Ele evita passar em frente ao quarto de seus pais e finalmente chega a seu próprio quarto, que ocupava mais de seis cômodos.  Havia um piano instalado ao canto mais próximo a janela junto a um violino.

“Stradivarius?- Jonathan suspira ao o violino. -Posso?”

“Fique à vontade.”- Bruce sorri, seguindo até barzinho do quarto para preparar alguns drinks.

Jonathan não tocava violino desde os sete anos de idade, mas ainda se lembrava de todos os acordes e notas assim como a palma de sua mão. Sentou-se lentamente e acariciou a madeira, antes de levar o instrumento ao ombro:

“O que gostaria de ouvir?”- Ele pergunta despretensiosamente.

“Você é meu convidado. Escolha o que o agradar.”- Bruce responde, enquanto prepara dois Martinis.

O doutor respira fundo, retira os óculos e começa a tocar The Dying Swan de Tchaikovsky. Bruce podia sentir seus corpo se arrepiar com cada nota, tamanho o sentimento que o doutor colocava em cada movimento.

Por um momento o quarto começa a ficar ainda mais quente. Nenhum dos dois saberia dizer se era o tempo, ou se era a intensidade. Bruce abriu os botões da camisa, enquanto tomava seu Martini tranquilamente.

A cada nota que Jonathan tocava, Bruce sentia seu corpo em chamas.  Todos os pequenos detalhes o chamavam a atenção; os lábios rosados do outro rapaz, sua respiração controlada, a delicadeza com que seus dedos golpeavam as cordas.

Tudo era intenso demais até o momento Bruce não consegue mais se conter, aproximando-se do doutor para tomar seus lábios nos dele; Naquele momento ambos não queriam pensar. Toda a tensão sexual que ocorrera entre eles durante aquela semana inteira vinha à tona.

Com uma velocidade inacreditável, Bruce se livrou de sua camisa e da camisa do doutor, levantando-o da cadeira para guia-lo até a cama por entre beijos.Suas línguas deslizavam intensamente enquanto seus lábios se tornavam cada vez mais avermelhados com a intensidade.

Cuidadosamente, Bruce deposita Jonathan na cama, logo o ajudando a se livrar do cinto e das calças e quando menos esperavam, ambos estavam completamente nus.

Bruce mal se lembrava da última vez que teve algo tão intenso com outra pessoa; talvez não tivesse nada assim desde a época do colegial, mas não queria pensar naquilo agora. No momento tinha outras prioridades.

“Você nunca fez... Com um homem?”- Bruce pergunta, cessando o beijo por alguns segundos.

“Não sou nenhum virgem, Bruce.”- O doutor confirma, puxando o outro rapaz para mais um beijo.

O próximo passo de Bruce é vasculhar a gaveta de sua estante que se encontrava ao lado da cama. Ele encontra o pequeno lubrificante e o pega. Não estava certo sobre a validade, pois não o usava há muito tempo, mas aquilo não importava naquele momento.

Um dedo, dois dedos, três dedos foram suficientes para preparar Jonathan que corava levemente enquanto deitava de bruços. Sempre tivera a fantasia de ser tomado por trás, mas nunca teve oportunidade de dizer para seus ‘ficantes’.

Se a clínica soubesse que já havia passado uma noite com cada um de seus clientes, seu emprego com certeza estaria em risco, mas por sorte, nenhum dos clientes voltava são, devido ao efeito do pó da demência.

“Você está bem?”- Bruce pergunta, depositando um beijo no ombro pálido de Jonathan.

“Sim Bruce... Por favor...”- Ele implora apoiando os cotovelos na cama enquanto posicionava-se de joelhos.

Aquele era o momento. Bruce nunca havia feito se deitado com um homem antes, mas ele estava disposto a usar todas suas habilidades para fazê-lo se sentir bem.  Com muito cuidado, ele aponta a ereção para a pequena entrada.

Não esperava que a introdução fosse tão fácil, talvez pelo fato do doutor não ser mais virgem, ou pela preparação elaborada e mesmo assim era impossível não sentir o aperto das paredes se fechando ao seu redor.

As primeiras estocadas são lentas, mas profundas. Bruce apoiava uma mão no colchão enquanto golpeava o doutor, aumentando gradativamente a velocidade. Jonathan gemia baixinho, mantendo os olhos fechados a cada vez que Bruce depositava um beijo estalado em suas costas. Nunca havia estado com um homem tão cuidadoso e carinhoso assim. Afinal ele não parecia ser tão excêntrico quanto à cidade costumava o pintar.

Cada vez mais a velocidade aumenta assim como a profundidade. Bruce estava encantado com a facilidade em que a pele pálida do doutor corava. Podia se aproveitar disso para fazer algumas marcas e foi isso mesmo que fez, aranhando levemente, dando leves mordiscadas nos ombros e pescoço de Jonathan, não ficando contente até ver todo o corpo do rapaz coberto por manchas vermelhas e roxas.

“Ah Bruce... Hmm... Hmm... Mais forte...”- Jonathan implora, mordendo os lábios com força.

Bruce obedece, estocando-o cada vez mais forte, a ponto de fazer a cama ranger tamanha a intensidade. Sabia que não iria durar muito tempo. Com mais algumas estocadas e um mordida no pescoço alvo a sua frente, Bruce finalmente chega ao orgasmo, preenchendo o doutor com todas suas sementes.

A respiração de Jonathan se mantém descompassada conforme ele expira alguns segundos depois, caindo exausto com o rosto sobre o travesseiro. Bruce se mantém por mais alguns minutos antes de retirar o membro, sorrindo ao ver a quantidade de sêmen que escorria pelas coxas do doutor.

“Perfeito.”- Bruce sussurra ao ouvido de Jonathan antes de cobri-los com o grosso edredom.

Jonathan nunca havia tido uma transa tão intensa quanto aquela, mas o que fizeram não foi apenas isso. Na verdade o que fizeram foi amor, algo que o doutor nunca havia feito antes e algo que o fez se sentir muito bem.

Bocejando, Jonathan rola para o lado, recostando a cabeça sobre o peito de Bruce. O que fazer depois? Não importava. Ambos queriam apenas saborear o momento.
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Na manhã seguinte, Bruce é acordado de um jeito que jamais imaginara. Ele suspira levemente ao sentir os lábios de Jonathan em sua ereção; Nada precisa ser dito então. Bruce se permite apenas sentir e se deleitar com o momento.

Por sorte, Alfred bate à porta apenas alguns minutos após o término da troca de afeições entre os dois. Ele adentra o quarto com um sorriso nos  lábios e um carrinho de café da manhã no outro.

“Bom dia senhor Bruce. Bom dia senhor Krane. Aqui está o café da manhã. Preparei ovos Benedict, panquecas, chá de hortelã e sua geleia favorita de frutas vermelhas.”

“Muito obrigado Alfred.”- Bruce diz.

“Com licença.”- o mordomo diz, deixando os dois a sós.

Trocam alguns beijos antes de se sentar a cama para tomar café. Jonathan ainda não acreditara na noite que tivera com o magnata. Tudo estava perfeito demais pra ser verdade.

“Jonathan... Espero que não tenhamos algum problema sobre...”

“Porque sou seu médico? Não se preocupe Bruce. Vai descobrir que tenho alguns métodos não tão ortodoxos de exercer a minha profissão. Além do mais... Agora que isso aconteceu... Acho melhor terminarmos suas consultas por aqui.

Bruce se cala, pois era exatamente isso o que ia dizer. Não queria misturar as coisas, mas por outro lado sentiria falta das consultas.
“Eu entendo. Se puder me indicar para algum colega.”

“Claro, Bruce. Tenho ótimas recomendações de alguns colegas. Ah, mas olhe só a hora! Tenho que entrar no consultório daqui a vinte minutos!”- Jonathan se desespera. Na verdade ainda tinha uma hora antes das consultas, mas tinha uma conferência marcada com traficantes da China.

“Posso te dar uma carona até o consultório.”- Bruce diz inesperadamente.

“Er... Não, não obrigado Bruce. Tenho que fazer algumas coisas antes. Aqueles típicos problemas de família se é que me entende.

Bruce concorda, ajudando o doutor a se trocar antes de leva-lo até a porta. Trocam um último beijo antes de Jonathan deixar a mansão e uma sensação de vazio e preenchimento ao mesmo tempo.
Continua...
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