ser camila é...

Feb 04, 2006 09:57

Aposto que se você perguntasse aos meus amigos quem eu sou, vários "não sei" iriam aparecer como resposta. Talvez um ou outro "tá sempre feliz" ou "a que dança até o fim". E todas essas respostas estariam parcialmente certas. Só que, sobre mim, parcialmente certo é sinônimo de totalmente errado.
Pare, olhe, escute. Lembra aquelas placas que, geralmente, se situam próximo aos trilhos de um trem, não é? Mas, isso cai como uma luva para quem deseja ter o (des)prazer de me conhecer.
Agressiva, eu? Imagina! Eu nem explodo quando alguém pisa no meu calo; eu mato um antes que isso aconteça. Calmaria e serenidade eu deixo para os hare krishna.
O "tá sempre feliz" da segunda frase, às vezes não se encaixa na minha realidade. Eu choro de felicidade ao ver os fogos de Copacabana no Ano Novo e choro de soluçar, num canto do banheiro, por ter perdido algum amor. Amores. São eles que me dão a dimensão do que eu sou. Muitos dizem que nunca amaram. Eu digo que, talvez, nunca tenha me apaixonado. Sempre pulei etapas, e acredito que a paixão por alguém foi uma dessas. Para que não se torne maçante, um amor para mim, precisa de altos e baixos. Altos e baixos como o meu humor. Humor esse que dura segundos. Desconfie se, algum dia, eu parecer meiga. É só aparência. E, confesso que ultimente, tenho vivido delas.
Gosto de grito alucinado, dança enlouquecida, gargalhada rasgada e choro calado. Com exceção do último item, prefiro a companhia dos amigos. Até porque amigos não servem para compartilhar tristeza. Servem sim, para encontrar soluções que acabem com a mesma.
Sou brasileira e, contrariando Raul Seixas, desisto sempre que me canso. Camila Ferreira, prazer. Falando em Camila Ferreira, ô sobrenomezinho filhodaputa, ein?!

Inspirado nesse texto de Marla de Queiroz e nas conversas edificantes durante alguma partida de sinuca, com Theobaldo e Francisco. Feito após os shows de Vanessa da Mata e Jorge Ben Jor, ontem.
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