Deu-me outra vez a vontade de escrever! ^__^
Abri as janelas e arrumei as coisas... o meu outro livejournal
mab_ já tem uma cara nova!
Hoje lembrei-me deste. Enconstado aqui a um canto, afinal de contas também é "gente"!
Nestes dias conheci mta coisinha nova. Isso deixa-me particularmente feliz. ^_^
Estou de férias e faço aquilo que sei fazer melhor: não fazer nada.
É fantástica a preguiça manhosa que tenho... (mas é só de vez enquando. koff koff )
Tropecei num livro de Miguel Esteves Cardoso, "A causa das coisas", sim esse gajo, que eu simplesmente acho genial! E
comprei-o. Aqui vai um excerto.
"Bebidas
Os portugueses bebem muito. As portuguesas não bebem muito - bebem apenas bastante. (..) Os números são chocantes. Ao todo são 394 626 alcoólicos, ou seja, 4% da população. Num jogo de futebol, é quase certo que das 25 pessoas em campo 1 delas se meta gravemente nos copos. E é quase de certeza um fiscal de linha. (...) No que respeita ao consumo de alcoól puro por habitante, Portugal ocupa o 3º lugar a nível mundial, passando finalmente à frente de quase todos os países
desenvolvidos do mundo e de todos os países subdesenvolvidos. Isto parece significar que o resto do mundo anda a beber mto pouco. E que o problema, por conseguinte, é mais deles do que nosso.
Beber vinho, diz o ditado, dá trabalho a um milhão de portugueses. Bebendo afinal tão pouco, compreende-se pq há tantos desempregados. (...) Dizem que «o alcoól é diferença entre a vida e a morte». Qualquer alcoólico concordaria. Sem alcoól, a vida parecer-se-ia tragicamente com a morte. Por alguma razão se diz «Estou a morrer de sede por um gin-tónico.» O alcoól da vida à vida. Ou, como diz a Martini, «convida a viver». Recusar um copo é parecido com dizer «Então está bem» à morte. O alcoól é decididamente a diferença entre este mundo e o outro.
Que seria dos portugueses sem os seus 80 litros de vinho e 43 litros de cerveja por ano? Que valeria a vida deles sem aquele consolo? (...) Os cento e tais países que bebem menos do que nós põem-se logo com uma insuportável cara-de-caso e tiram conclusões desagradáveis, do tipo «os portugueses são os 3º maiores bêbados do mundo» Ora, nenhum português deve aceitar este insulto. Imagine-se um finlandês, um irlandês ou um soviético a achar-se menos borracho do que nós. (...) O português «aguenta» bem o alcoól. (...) O estrangeiro bebe dois copos e estatela-se inerte no chão. Comparem-se as figuras que fazem. Mas quem se lixa nas estatísticas? Quem é? É o pobre português. Não está certo.
Levando em conta o factor-refeições e o factor aguentaço, Portugal ocuparia um lugar mais justo nas tabelas internacionais de copos. Só um alcoólico o negaria."